O BTG Pactual Logística Fundo de Investimento e Kinea Rendimentos Imobiliários foram os fundos imobiliários (FIIs) mais indicados para abril, segundo levantamento da CNN com bancos e corretoras.
Foram consideradas as avaliações de cinco instituições financeiras: BTG, EQI Research, Genial Investimentos, Santander e XP.
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O IFIX, índice que mede o comportamento dos fundos imobiliários mais negociados na bolsa, teve um avanço de 6,14% em março, mostrando um ritmo positivo depois da alta de 3,34% registrada em fevereiro.
A avaliação da EQI Research é que “muitos fundos imobiliários mostraram uma recuperação expressiva em seus valores de mercado, com diversos registrando ganhos de dois dígitos no acumulado do mês”.
Para abril, as instituições financeiras consultadas destacaram um cenário de incertezas devido às novas medidas tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Nesta quarta-feira (2), o republicano anunciou um pacote de taxas recíprocas a diversos países que variam de 10%, no caso do Brasil, a 50%.
No cenário doméstico, os bancos e corretoras mencionaram o aumento dos juros para 14,25% ao ano na última decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), precificando já uma nova alta na reunião de maio.
“Seguimos com uma perspectiva de inflação persistente ao longo do ano, impulsionada principalmente por alimentos, além de uma economia superaquecida e com um potencial inercial grande devido à criação de políticas populistas que visam corrigir a queda de popularidade do governo”, disse a Genial Investimentos.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação, desacelerou a 0,64% em março, após ter avançado 1,23% em fevereiro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Além disso, o governo recuou do veto ao artigo que mantinha a isenção de FIIs e Fiagros em relação aos novos tributos (CBS e IBS) na reforma tributária, apresentando uma nova minuta que preserva esse benefício fiscal para os fundos.
Contudo, o texto está sendo analisado pelos parlamentares, que devem apresentar um posicionamento em breve.
Ainda, a EQI aponta que não houve avanços relevantes no andamento da trajetória da dívida pública, o que contribui para um ambiente pouco favorável para os ativos de risco, como os FIIs.
“Para que um novo ciclo de valorização se consolide, será necessário o surgimento de sinais mais claros de desinflação, capazes de reancorar as expectativas do mercado e, com isso, abrir espaço para a redução dos juros”, apontou o relatório da corretora.
