O Complexo da Maré, na zona norte do Rio, amanheceu nesta segunda-feira (13) sob forte clima de tensão. Uma operação do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) resultou na morte de Thiago da Silva Folly, conhecido como “TH da Maré”, apontado como um dos criminosos mais procurados do estado.
Além dele, dois homens foram baleados e encaminhados para o Hospital Municipal Evandro Freire.
Segundo informações da Polícia Militar, TH da Maré, comandava a facção Terceiro Comando Puro (TCP) na comunidade, e foi localizado no Timbau, em uma espécie de “bunker”, protegido por seguranças armados. De acordo com o site Procurados, ele estava foragido há nove anos. Com uma extensa ficha criminal, ele está envolvido em vários ataques contra militares.
Quem era “TH da Maré”, traficante morto em operação do Bope no Rio
A operação, que teve início por volta das 5h da manhã, segue em andamento, e desde então há relatos de intenso tiroteio na região. Um helicóptero blindado da PM segue sobrevoando o local.
A movimentação nas principais vias próximas ao complexo foi afetada. A Linha Amarela precisou ser interditada sete vezes desde o início da operação, e os acessos entre a Avenida Brasil e a Linha Vermelha também foram afetados pelos bloqueios. Motoristas relataram ter ouvido disparos enquanto trafegavam pelas vias.
A Secretaria Municipal de Educação (SME) informou que 43 unidades escolares foram impactadas na região, devido ao comprometimento do acesso de alunos e profissionais. A Secretaria Estadual de Educação também confirmou o fechamento de duas escolas da rede estadual.
Na área da saúde, a Secretaria Municipal (SMS) informou a suspensão de atividades em quatro unidades — entre clínicas da família e centros municipais de saúde — por razões de segurança. Já os equipamentos da rede estadual de saúde, segundo a pasta, seguem funcionando normalmente.
A operação também afetou drasticamente o transporte público. Segundo nota do Rio Ônibus, 70 linhas que circulam pela Avenida Brasil e pela Linha Amarela precisaram modificar seus itinerários para evitar os pontos de conflito. A entidade reforçou o apelo às autoridades para que seja garantido o direito de ir e vir da população.
A situação no Complexo da Maré permanece instável, com moradores relatando medo e dificuldades de mobilidade. A PM ainda não divulgou o saldo parcial da operação.