Nesta quinta-feira (22), os contratos futuros do óleo de soja registram forte baixa na Bolsa de Chicago. A queda é motivada pela possibilidade de redução nos mandatos de biocombustíveis para pequenas refinarias nos Estados Unidos, o que impactaria negativamente a demanda interna pelo derivado. Segundo a Agrinvest Commodities, essa expectativa pesou sobre os preços logo nas primeiras horas do dia.
Por volta das 7h30 (horário de Brasília), o óleo de soja recuava quase 3%, com o contrato mais negociado valendo 48,38 centavos de dólar por libra-peso. Já o contrato de setembro era cotado a 48,73 centavos/lb.
O recuo no mercado do óleo refletiu diretamente nas cotações da soja, que também operavam em baixa nesta manhã. Os contratos perdiam entre 5,50 e 7,75 pontos, com o vencimento de julho sendo negociado a US$ 10,57 e o de setembro, a US$ 10,37 por bushel.
Além disso, o movimento de realização de lucros após altas recentes também contribuiu para a pressão sobre os preços, tanto da soja quanto de outros grãos, como milho e trigo.
Mesmo com os ajustes desta quinta-feira, os operadores seguem atentos às condições climáticas em regiões produtoras importantes ao redor do mundo. No entanto, de acordo com a Agrinvest, os próximos 15 dias devem apresentar um cenário mais favorável para as lavouras de soja e milho nos EUA, o que também justifica as recentes correções nos preços.
No campo financeiro, os investidores monitoram o impacto do chamado “Beautiful Bill” proposto por Donald Trump e o comportamento do dólar. Na manhã desta quinta-feira, o índice da moeda norte-americana subia mais de 0,3%, superando os 99,4 mil pontos.
Essa combinação de fatores — queda no óleo, realização de lucros e projeções climáticas mais positivas — tem sido determinante para o desempenho dos grãos no mercado internacional.