O mercado brasileiro de soja teve um mês de maio marcado por estabilidade nos preços domésticos. Com o fim da colheita no país, os produtores adotaram uma postura cautelosa, aproveitando apenas os momentos de alta para realizar negociações.
Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos com vencimento em julho registraram leve valorização de 0,55% em maio, sendo cotados a US$ 10,50 1/4 por bushel na manhã do dia 30. Apesar de fundamentos negativos no mercado, os preços se mantiveram firmes durante o mês.
O bom andamento do plantio nos Estados Unidos, sem grandes ameaças climáticas, reforça a expectativa de uma safra robusta. Esse cenário tem limitado reações mais expressivas nas cotações, mesmo diante da atual fragilidade na demanda norte-americana e da instabilidade provocada pelas políticas tarifárias do ex-presidente Donald Trump.
As atenções agora se concentram no desenvolvimento das lavouras americanas. Um dos principais destaques será o relatório de área plantada nos EUA, com divulgação prevista para 30 de junho, fator que pode influenciar diretamente os preços internacionais.
Mesmo com a recente trégua comercial entre Estados Unidos e China, o Brasil continua como principal fornecedor de soja para os chineses, devido às condições mais competitivas no mercado de exportação e ampla oferta do grão.
O dólar comercial apresentou desvalorização de 0,14% no mês de maio, cotado a R$ 5,6673 na manhã do dia 30. A expectativa é de que a moeda americana se mantenha nesses patamares até o fim do ano. No radar dos analistas, o fluxo de capital estrangeiro – favorecido pelas tarifas de Trump – pode pressionar o câmbio para baixo, enquanto as incertezas fiscais no Brasil atuam como fator de alta.