Apesar da inflação de alimentos ter encerrado 2024 com alta de 8,23%, o setor de leite e laticínios brasileiro apresentou desempenho positivo. Segundo estudo da Equus Capital, o segmento fechou o ano com um saldo de 1.792 aberturas líquidas de empresas (número de aberturas menos os fechamentos), evidenciando um crescimento moderado, mas consistente.
De acordo com Felipe Vasconcellos, sócio da Equus Capital, a expansão do setor tem sido puxada por mudanças no perfil do consumidor:
Além disso, ele destaca o reconhecimento internacional desses produtos:
O principal destaque do setor em 2024 foi o Comércio Varejista de Laticínios e Frios, que registrou:
Mesmo com oscilação nos preços do leite e pressão nos custos operacionais, a Fabricação de Laticínios também cresceu, com:
Segundo Vasconcellos, as empresas que apostaram em diversificação de portfólio e produtos de maior valor agregado, como queijos finos e manteigas artesanais, conseguiram manter a rentabilidade e avançar mesmo em um mercado desafiador.
Outro destaque foi o Comércio Atacadista de Sorvetes, com:
Esse crescimento está relacionado à expansão de centros urbanos e regiões turísticas, além da maior demanda por logística ágil e cadeias de frio eficientes.
A Fabricação de Sorvetes e Gelados também apresentou desempenho positivo, com:
Vasconcellos destaca que a inovação em sabores, formatos de embalagem e o fortalecimento dos canais digitais de venda contribuíram para a resiliência desse segmento, com destaque para marcas regionais que atuam em nichos específicos.
Atualmente, o setor de leite e laticínios no Brasil conta com mais de 50 mil empresas ativas, refletindo a necessidade constante de inovação e adaptação às mudanças de mercado.
Apesar do avanço geral, alguns segmentos tiveram desempenho mais tímido ou até retração: