O café é uma das bebidas mais consumidas no Brasil e tem lugar cativo na rotina de milhões de pessoas. Devido à popularidade, sua ingestão não fica restrita aos primeiros momentos do dia. No entanto, fique sabendo: o consumo de cafeína após as 15h pode trazer consequências indesejadas para o organismo — especialmente quando se trata da qualidade do sono.
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A cafeína é um estimulante natural que bloqueia os receptores de adenosina, substância responsável por nos deixar sonolentos ao longo do dia.
O problema é que o efeito da cafeína no corpo pode durar de seis a oito horas, variando conforme a sensibilidade individual e o metabolismo. Isso significa que um simples cafezinho no meio da tarde pode interferir no processo de adormecer ou na profundidade do sono, mesmo que a pessoa só vá dormir muitas horas depois.
Dormir mal de forma contínua não é apenas uma questão de cansaço. A falta de sono reparador está ligada ao aumento da ansiedade, alterações de humor, dificuldade de concentração e até ganho de peso. Além disso, há impacto direto no controle da glicemia, no risco cardiovascular e no equilíbrio hormonal.
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Para chegar até a xícara, o café passa por diversos processos desde o plantio
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As mudas de café são escolhidas e plantadas em solo fértil
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O cafezal precisa ter um espaçamento específico entre cada pé
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Depois de crescer, o fruto do café aparece nas árvores
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A colheita é feita com o grão já maduro, com o aspecto avermelhado
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Depois da colheita, os próximos passos são secagem e torra
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No momento da torra, da secagem ou da fermentação, o café pode receber ingredientes “aditivos” para mudar o sensorial
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Na foto, a diferença entre o grão sem torrar do café tradicional e do especial
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A torra do café especial também é diferente: mais clara, para deixar o café mais adocicado e sem gosto de queimado
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A diferença entre os grãos de café arábica e robusta
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Confira a principal diferença entre o café tradicional e especial
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Mas e quem “dorme bem” mesmo tomando café à noite?
Algumas pessoas acreditam que a cafeína não afeta seu sono, porque conseguem adormecer rapidamente. No entanto, estudos mostram que, mesmo nesses casos, há redução nos estágios profundos do sono, prejudicando a recuperação física e mental — mesmo que o impacto não seja percebido de forma imediata.
O ideal: café só até o meio da tarde
A recomendação geral é que a última dose de cafeína (incluindo chás escuros, refrigerantes e energéticos) seja consumida até no máximo às 15h, especialmente por quem tem insônia, ansiedade ou dificuldade para dormir. Após esse horário, é preferível optar por versões descafeinadas, chás calmantes como camomila, ou simplesmente água.
Reduzir o café no fim do dia é um pequeno ajuste que pode fazer grande diferença na qualidade do sono — e, por consequência, na saúde e no bem-estar a longo prazo.
(*) Juliana Andrade é nutricionista formada pela UnB e pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional. Escreve sobre alimentação, saúde e estilo de vida