O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, sugeriu nesta terça-feira (29) que a Rússia está “preparando algo” em Belarus, usando exercícios militares como pretexto.
“A Rússia está preparando algo lá neste verão [do hemisfério Norte], usando exercícios militares como pretexto”, pontuou o chefe de Estado em uma cúpula em Varsóvia, sem dar detalhes ou citar evidências.
“Geralmente é assim que eles iniciam um novo ataque. Mas para onde ele vai? Não sei. Ucrânia? Lituânia? Polônia? Deus nos abençoe, não! Mas todos precisamos estar prontos”, advertiu.
Rússia e Belarus anunciaram exercícios militares conjuntos para setembro.
Antes de iniciar a invasão contra a Ucrânia, a Rússia reuniu milhares de tropas em Belarus, realizando também alguns exercícios militares.
O país foi usado também como “plataforma de lançamento” de soldados no dia da invasão, sendo que as tropas que saíram de lá capturaram a região da usina nuclear de Chernobyl.
O conflito na Ucrânia, que começou com a invasão russa em larga escala em fevereiro de 2022, continua sendo marcado por violência e mortes de civis.
Recentemente, dois mísseis balísticos russos atingiram Sumy, no norte da Ucrânia, matando 34 pessoas e ferindo 117. Este foi o ataque mais mortal na Ucrânia neste ano.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky condenou veementemente a ofensiva e fez um novo apelo por mais ações contra Moscou.
Ele também pediu que o presidente dos EUA, Donald Trump, visitasse a Ucrânia. Zelensky expressou dúvidas sobre o apoio contínuo dos Estados Unidos a longo prazo, embora reconheça que os EUA são um parceiro estratégico.
Os dois líderes tiveram uma reunião tensa no Salão Oval neste ano, marcada por uma troca de farpas diante da imprensa.
O presidente ucraniano pediu que os EUA participassem de um esforço internacional de paz, ajudando a proteger o espaço aéreo ucraniano.
A Rússia nega ter como alvo civis, mas milhares foram mortos e feridos desde o início da invasão.
Os russos atualmente controlam cerca de 20% do território ucraniano no leste e sul.
A Ucrânia está compartilhando informações sobre supostos crimes de guerra com parceiros internacionais, e o Tribunal Penal Internacional investiga os casos.
Sob a administração Trump, os EUA realizaram conversas com representantes russos e ucranianos em uma tentativa de acabar com as ofensivas.
Apesar de acordos de cessar-fogo terem sido anunciados, as duas partes continuam trocando ataques.
O enviado especial de Trump, Steve Witkoff, se reuniu com Putin para discutir um acordo de paz, mas os ataques recentes vêm mostrando uma fragilidade dos esforços de paz e a continuidade do conflito.
*com informações da Reuters