O mercado brasileiro de carne de frango registrou preços estáveis a mais fracos tanto no mercado vivo quanto no atacado ao longo da última semana. Segundo Fernando Henrique Iglesias, analista da Safras & Mercado, o cenário ainda indica pressão de baixa no curto prazo, refletindo uma reposição mais lenta ao longo da cadeia produtiva na segunda quinzena do mês.
Um dos principais pontos de atenção no setor continua sendo a Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP). O foco identificado em uma granja comercial em Montenegro (RS) já teve o processo de desinfecção concluído com sucesso e não houve novos registros da doença.
Iglesias avalia que a situação pode ser rapidamente contornada:
Além disso, a suspeita de IAAP em Ipumirim (SC) foi descartada. O analista destaca que não há indícios de novos focos em granjas comerciais nesta temporada, o que reforça a expectativa de retomada das exportações brasileiras.
No mercado atacadista, os preços caíram ao longo da semana — movimento considerado típico para a segunda metade do mês, quando o consumo é mais fraco e o varejo reduz a atividade. Segundo Iglesias, esse cenário já era esperado mesmo antes do foco de IAAP.
De acordo com levantamento da Safras & Mercado, os preços dos principais cortes de frango apresentaram quedas tanto no atacado quanto na distribuição:
Cortes congelados (atacado – São Paulo):
Cortes congelados (distribuição):
Cortes resfriados (atacado):
Cortes resfriados (distribuição):
A cotação do frango vivo variou nas principais regiões do país:
Integrações regionais:
As exportações brasileiras de carne de aves e miudezas (frescas, refrigeradas ou congeladas) renderam US$ 403,6 milhões em 11 dias úteis de maio, com média diária de US$ 36,69 milhões.
O volume total embarcado foi de 222,9 mil toneladas, com média de 20,3 mil toneladas por dia. O preço médio da tonelada exportada ficou em US$ 1.811,00.
Em comparação com maio de 2024:
Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior.