08/05/2025 - 13:59
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Renda per capita soma recorde em 2024 e desigualdade cai, mostra IBGE

A desigualdade de renda no Brasil desceu a um piso histórico em 2024, em meio ao mercado de trabalho aquecido e à manutenção de programas sociais pelo governo.

O rendimento mensal real domiciliar per capita subiu a um recorde de R$ 2.020, alta de 4,7% em relação a 2023.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) – Rendimento de todas as fontes, divulgada nesta quinta-feira, 8, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A renda média real domiciliar per capita da metade mais pobre da população brasileira subiu 8,52% em 2024 ante 2023, para R$ 713 mensais, maior patamar da série histórica iniciada em 2012.

Apesar da melhora, o resultado significa que cerca de 108,5 milhões de brasileiros sobreviveram com apenas R$ 23,77 por dia no ano passado.

Se considerados os 5% mais pobres no País, havia 10,9 milhões de pessoas que contavam com R$ 154 por mês por pessoa da família, valor também recorde histórico para essa fatia da população, embora ainda somente R$ 5,13 por dia.

Apesar de baixo, o resultado significou um salto de 17,6% em relação a 2023.

No extremo oposto, o grupo que reúne o 1% mais rico da população, o equivalente a 2,2 milhões de pessoas, teve renda per capita de R$ 21.767, uma ligeira alta de 0,9% em relação a 2023.

“Na comparação entre 2023 e 2024,nota-se que o aumento no rendimento médio ocorreu com maior intensidade no limite inferior da distribuição”, observou o IBGE.

Como consequência, houve redução na desigualdade.

O índice de Gini do rendimento médio domiciliar per capita – indicador que mede a desigualdade de renda, numa escala de 0 a 1, em que, quanto mais perto de 1 o resultado, maior é a concentração de riqueza – recuou de 0,518 em 2023 para 0,506 em 2024, menor resultado da série histórica da pesquisa.

Na passagem de 2023 para 2024, o índice de Gini caiu em todas as regiões brasileiras, exceto no Sul, onde houve aumento na desigualdade.

Considerando o rendimento domiciliar per capita, o 1% mais rico da população recebia em 2024 o equivalente a 36,2 vezes o rendimento dos 40% com menor renda, a menor distância da série histórica.

Já os 10% da população com rendimentos mais elevados recebiam o equivalente a 13,4 vezes o rendimento dos 40% da população com os menores rendimentos em 2024, também a menor razão da série histórica, que teve como pico de desigualdade o ano de 2018, quando essa distância era de 17,1 vezes.

“O Brasil é inegavelmente bastante desigual, mas houve melhoria nessa distribuição de renda”, afirmou Gustavo Fontes, técnico da pesquisa do IBGE.

“A renda do trabalho ajudou a levar a desigualdade para o menor patamar, mas a gente não pode negar que os programas sociais também tiveram um efeito importante.”

Quanto às grandes regiões, a renda média domiciliar per capita foi menor no Nordeste, R$ 1.319, e maior no Sul, R$ 2.499.

Entre as Unidades da Federação, o Distrito Federal tinha o maior resultado do país, R$ 3.276, seguido por São Paulo (R$ 2.588) e Santa Catarina (R$ 2.544).

Os menores valores foram registrados no Maranhão (R$ 1.078), Ceará (R$ 1.210) e Amazonas (R$ 1.231).

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