26/04/2025 - 13:00
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Quem são os cinco candidatos à presidência do PT e o que defendem cada um

A eleição para a presidência nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) está marcada para 6 de julho. O segundo turno, se necessário, será em 20 de julho. O PT prevê a realização de ao menos dez debates entre os candidatos.

Após 12 anos, a sigla decidiu retomar o modelo de eleições diretas para as instâncias partidárias. Nas duas últimas duas eleições — em 2017 e 2019 — a deputada Gleisi Hoffmann foi eleita e reeleita presidente do PT, com apoio de Lula, em votação híbrida.

Gleisi, atual ministra da Secretaria de Relações Institucionais, deixou o cargo em março para assumir a pasta. O senador Humberto Costa (PE) é presidente interino do partido desde então.

A disputa promete ser a mais acirrada da história.

Cinco nomes estão concorrendo à liderança do partido, representando diferentes correntes: Edinho Silva (CNB – Construindo um Novo Brasil), Valter Pomar (Articulação de Esquerda), Romênio Pereira (Movimento PT), Rui Falcão (Novo Rumo) e Washington Quaquá (CNB dissidente).

Representante da corrente “Construindo um Novo Brasil (CNB)”, Edinho Silva é ex-prefeito de Araraquara (SP) e ex-ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social do governo Dilma Rousseff. Edinho é o candidato preferido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A CNB, porém, enfrenta um racha interno entre seus filiados. Segundo fontes ouvidas pela CNN, Lula teria sinalizado que apoia Edinho em uma das principais causas da crise interna: a distribuição de cargos na nova direção partidária.

De acordo com relatos de interlocutores, o chefe do Executivo teria concordado que o futuro presidente do PT deve ter autonomia para indicar nomes da sua confiança para determinadas funções na direção partidária.

A tesouraria do PT é tida como o grande pano de fundo da crise que tomou a eleição interna. É ali que se faz a gestão do fundo eleitoral e do fundo partidário, o que confere ao ocupante da vaga um enorme poder de influenciar a gestão da sigla.

Edinho afirmou à CNN que o PT tem que enfrentar grandes desafios.

“Melhorar seu funcionamento interno, fortalecer as instâncias, para preservar a democracia interna, e cada vez mais construir processos decisórios que sejam coletivos. Precisamos de um partido que volte a priorizar o trabalho de base, que tenha mais presença junto à nossa base social”, disse.

Segundo o ex-prefeito de Araraquara, o partido precisa trabalhar para ter um sucessor de Lula. “O PT precisa se preparar para o pós Lula, quando o presidente não estiver mais nas urnas. O sucessor do Lula não será um nome, será o PT forte, organizado e totalmente em sintonia com a sociedade brasileira. O PT forte construirá nomes.”

Edinho defende ainda que a sigla precisa ser atuante em assuntos como transição energética, mudanças climáticas, crise da democracia representativa, segurança pública e precarização do trabalho.

O candidato de Lula reiterou que o êxito do governo federal significa o êxito do partido, e que é necessário manter o espaço de diálogo entre as duas instituições.

“Quando necessário, o PT tem que construir espaços de mobilização social, nas redes e nas ruas, para dar sustentação política ao governo. Mas também cabe ao PT, por meio dos movimentos sociais, dos nossos parlamentares, disputar a agenda política do governo”, afirmou.

Washington Quaquá é prefeito da cidade de Maricá (RJ), ex-deputado federal e vice-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT). Ele representa uma vertente que diverge de Edinho Silva dentro da corrente Construindo um Novo Brasil, consequência do racha interno.

Quaquá defende que o partido tenha alianças com o centro para ampliar a governabilidade.

“O PT precisa liderar a construção de um projeto nacional, de desenvolvimento nacional, com distribuição de renda e riqueza e para isso é preciso ganhar governabilidade ao centro, com ampliação das alianças para o centro”, afirmou à CNN.

O prefeito também acredita que é preciso “formar um bloco de desenvolvimento econômico com setores amplos da burguesia nacional” e uma “coalizão com forças institucionais do Judiciário, da Câmara e do Senado”.

“O que eu defendo é que o partido seja o articulador do presidente Lula para uma frente de desenvolvimento nacional com distribuição de renda”, disse.

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