07/04/2025 - 19:49
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Produtores de tabaco são orientados sobre calendário de plantio e uso de sementes certificadas

Com o planejamento da safra 2025/2026 em andamento, representantes da cadeia produtiva do tabaco unem esforços para promover uma mudança cultural no campo: a adesão consciente ao calendário oficial de plantio. O tema foi debatido pelo Grupo de Trabalho Qualidade e Inovação, ligado ao Fórum Nacional de Integração da Cadeia Produtiva do Tabaco (Foniagro), com o objetivo de eliminar os plantios fora de época — prática que, segundo especialistas, traz prejuízos agronômicos e econômicos ao setor.

O período estabelecido para o transplante de mudas vai de 1º de maio a 30 de novembro, variando conforme a região produtora e o tipo de tabaco cultivado. Participaram das discussões representantes do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), empresas associadas e entidades que representam os produtores.

“Alguns produtores ainda optam por plantios fora da janela adequada na tentativa de obter uma renda extra, mas acabam comprometendo a saúde do solo e a qualidade do tabaco. O cultivo sucessivo da mesma cultura na mesma área favorece o aumento da incidência de pragas e doenças. A recomendação é que se faça rotação de culturas ou utilize-se culturas de cobertura para preservar o solo”, afirma Carlos Sehn, secretário do Foniagro e assessor da diretoria do SindiTabaco.

Valmor Thesing, presidente do SindiTabaco, destaca que a iniciativa reforça o compromisso com o Sistema Integrado de Produção de Tabaco. “Estamos em um momento de conscientização, e os orientadores terão um papel crucial em levar essas informações ao campo. A assistência técnica será essencial para orientar os produtores sobre o manejo correto do solo, visando maior produtividade e qualidade. No futuro, é possível que produtores que insistam em realizar plantios fora do período recomendado não sejam mais integrados pelas empresas”, alerta Thesing.

Outro ponto de atenção reforçado pelas entidades é o combate ao uso de sementes piratas. Por não passarem por controle de qualidade e fiscalização, essas sementes podem disseminar pragas e doenças nas principais regiões produtoras de tabaco, além de impactarem negativamente a produtividade e a rentabilidade das lavouras.

As perdas econômicas também se estendem à quebra de contratos de integração, com risco de não comercialização da produção. Diante disso, uma campanha vem sendo conduzida pelas entidades do setor para promover o uso exclusivo de sementes certificadas. Essas sementes passam por rigorosos processos de controle de produção, assegurando maior taxa de germinação, resistência a doenças e maior uniformidade da lavoura — o que se traduz em colheitas mais rentáveis e com melhor padrão de qualidade.

Com essas ações, o setor busca reforçar práticas sustentáveis e seguras no cultivo do tabaco, garantindo ganhos tanto para os produtores quanto para a indústria.

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