A Polícia Militar Ambiental de Mato Grosso do Sul (PMA), em parceria com o Instituto Homem Pantaneiro (IHP), começou a instalar, nesta terça-feira (29), equipamentos para verificar a prática da ceva, caçadores ilegais e onças com possível comportamento semelhante a que devorou caseiro Jorge Aválo, neste mês.
A medida busca intensificar as ações de proteção à fauna silvestre no Pantanal, principalmente na região Touro Morto, na zona rural da cidade de Aquidauana (MS), onde ocorreu o ataque no dia 21 deste mês.
As câmeras trap, chamadas de armadilhas fotográficas, estão sendo instaladas em pontos estratégicos para “ampliar a segurança de moradores de pesqueiros e turistas, prevenindo incidentes envolvendo animais silvestres”, de acordo com a PMA.
Moradores locais relatam que há mais onças no local que podem ter o mesmo comportamento agressivo e de proximidade com humanos como a que devorou Jorge e agora está no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras) de Campos Grande (MS).
Os dados obtidos também reforçarão as atividades de fiscalização ambiental e o combate a crimes principalmente voltados à fauna silvestre como a caça e a ceva — prática de alimentar o animal habitualmente para que ele se acostume com a presença humana.
A prática pode causar impactos negativos ao comportamento dos animais e ao equilíbrio ecológico, segundo a PMA. Ambas ações são proibidas pela Lei Federal nº 9.605/1998 (Lei de Crimes Ambientais).
Os registros também devem subsidiar estudos científicos sobre comportamento, distribuição e população das espécies locais.
A polícia reforça que, para evitar acidentes, é necessário manter distância dos animais silvestres. “Eles não são animais de estimação”, alerta a corporação.