A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Avaré, prendeu dois integrantes de uma associação criminosa investigada por uma série de crimes patrimoniais de grande repercussão, registrados em municípios da região, incluindo Paranapanema (Distrito de Campos de Holambra) e Taquarituba. A operação foi deflagrada na noite de quarta-feira (30), e teve como alvos dois suspeitos que vinham sendo monitorados há semanas.
Durante a ação, foram presos em flagrante uma mulher de 35 anos e um homem de 44 anos, ambos naturais de Londrina (PR). A mulher foi interceptada na região de Fartura, quando conduzia um veículo Citroën C3 e aguardava o momento de resgatar seus comparsas após a prática de um novo crime. Já o homem foi detido em Taguaí, após tentar fugir de uma barreira policial a bordo de um Ford Fiesta. Ambos os veículos possuem ligação direta com ações anteriores atribuídas à quadrilha.
As investigações tiveram início após um roubo de grande impacto ocorrido em 27 de dezembro de 2024, na zona rural de Paranapanema. Desde então, apurou-se que o grupo criminoso se especializou em subtrair joias, armas de fogo, dinheiro em espécie e outros bens de fácil revenda, com foco em propriedades rurais e áreas de difícil acesso. Em um dos casos, registrado em Taquarituba, os criminosos chegaram a ameaçar familiares das vítimas, incluindo uma criança, para garantir o sucesso da ação.
Segundo informações colhidas, a mulher presa havia deixado outros dois membros do bando em Taguaí para executar mais um roubo. Ela permaneceria no aguardo para realizar o resgate e facilitar o retorno do grupo ao Estado do Paraná. Paralelamente, outro veículo estaria encarregado de transportar os bens subtraídos. A prisão da suspeita foi decisiva para que os policiais localizassem o segundo automóvel, o qual foi interceptado pouco depois.
Ao ser abordado, o condutor do Ford Fiesta desobedeceu às ordens policiais e tentou romper o bloqueio, inclusive jogando o veículo contra os agentes. Após resistência ativa, foi contido e preso. Em sua posse, foram encontrados documentos de terceiros, anotações suspeitas e um aparelho celular com chip adicional, o que reforça sua conexão com os crimes em apuração.
As diligências apontam que os delitos eram praticados durante os períodos de saída temporária do sistema prisional, o que revela o modus operandi do grupo: utilizar detentos em regime semiaberto como operadores logísticos para os crimes patrimoniais.
As prisões foram ratificadas pela autoridade policial do Plantão de Avaré, que também determinou a realização dos exames de corpo de delito nos suspeitos. Ambos permanecerão à disposição da Justiça e serão encaminhados ao sistema penitenciário.
A investigação já identificou pelo menos outros três integrantes da associação criminosa, que estão devidamente qualificados nos autos e serão alvo de futuras ações por parte da Polícia Civil. As equipes continuam em diligências para capturá-los e aprofundar o mapeamento completo da atuação do grupo.
A Polícia Civil reafirma seu compromisso com a segurança da população, destacando que o êxito das ações só é possível graças ao apoio do Ministério Público, do Poder Judiciário e da sociedade civil, que tem colaborado com informações e denúncias. As investigações seguem em ritmo intensificado com o objetivo de desarticular completamente o grupo criminoso.
