01/05/2025 - 13:15
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Paraná ultrapassa Japão e Coreia do Sul na exportação de alimentos

Com uma agroindústria diversificada e reconhecida internacionalmente, o Paraná se destaca cada vez mais no cenário do comércio exterior, exportando mais alimentos e bebidas do que a maioria dos países. Se fosse uma nação, o Estado ocuparia a 29ª posição no ranking mundial de exportadores de produtos alimentícios, superando economias como Indonésia, África do Sul, Coreia do Sul, Suécia, Suíça, Grécia, Portugal, Japão e Egito.

As informações são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e da plataforma TradeMap, compiladas pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). O levantamento, baseado nos dados de 2023, revela que o Paraná exportou US$ 13,5 bilhões em alimentos e bebidas no ano passado.

A título de comparação, a Indonésia, com uma população de mais de 280 milhões de habitantes, exportou US$ 13 bilhões no mesmo período. À frente de países relevantes, o Paraná superou ainda África do Sul (US$ 12,1 bilhões), Singapura (US$ 11,5 bilhões) e Suécia (US$ 11,4 bilhões).

Além disso, o Estado mantém uma vantagem expressiva sobre outras nações tradicionais no comércio exterior de alimentos, como Grécia (US$ 8,2 bilhões), Portugal (US$ 8,1 bilhões), Japão (US$ 7,7 bilhões), Egito (US$ 7,6 bilhões), Malásia (US$ 7,6 bilhões) e Marrocos (US$ 7,3 bilhões). Em relação a países como Paquistão, Colômbia, Lituânia, Bulgária, Irã e Uruguai, o volume exportado pelo Paraná é mais que o dobro.

No total, as exportações globais de alimentos e bebidas movimentaram US$ 1,64 trilhão em 2023. Os Estados Unidos lideraram o ranking mundial com US$ 149,3 bilhões exportados, seguidos pelo Brasil, com US$ 125 bilhões.

Para Jorge Callado, diretor-presidente do Ipardes, esses resultados são fruto de uma política pública eficiente aliada à força do setor produtivo paranaense. “Estes resultados refletem de forma muito direta as ações conjuntas das políticas públicas do Governo do Estado com o setor produtivo, como o agronegócio e a indústria, de maneira que os produtos do Paraná estão chegando aos seus destinos internacionais cada vez mais com valores agregados”, afirmou.

A exportação de grãos, especialmente milho e soja, representa mais de 44% das vendas de alimentos do Paraná. Em 2023, o Estado movimentou US$ 6 bilhões com a comercialização desses produtos.

A força paranaense no setor é impulsionada pela tradição no agronegócio e pelo trabalho robusto das cooperativas locais, algumas das maiores do mundo. Com incentivo do governo estadual, muitas cooperativas investiram na industrialização de suas produções, aumentando sua competitividade internacional. Um exemplo desse avanço é o Valor Bruto da Produção (VBP) estadual de óleos e gorduras, que dobrou desde 2019, saltando de R$ 14,9 bilhões para R$ 30,5 bilhões.

Outro segmento de destaque é o de carnes. Em 2023, o Paraná exportou US$ 4,1 bilhões nesse setor, consolidando-se como líder nacional na produção de frango e o segundo maior produtor de suínos. Recentemente, o Estado também obteve autorização para exportar carne suína ao Chile, após ser reconhecido como zona livre de febre aftosa sem vacinação.

Considerando apenas os principais produtos exportados — carnes de aves, carne suína, açúcar, soja e milho — o Paraná ocuparia a terceira posição entre os maiores exportadores mundiais, com US$ 11,4 bilhões, atrás apenas do Brasil (US$ 81,6 bilhões) e dos Estados Unidos (US$ 50,6 bilhões). À frente de Argentina (US$ 8,6 bilhões), Ucrânia (US$ 7,8 bilhões) e Espanha (US$ 7,4 bilhões).

Esses resultados refletem um cenário econômico dinâmico que o Paraná vem registrando nos últimos anos. Desde 2019, o Estado se consolidou como um dos principais destinos de investimentos privados no Brasil, atraindo mais de R$ 300 bilhões em aportes para instalação de novas fábricas, expansão de indústrias e chegada de empresas de diversos setores.

Essa movimentação contribuiu diretamente para a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) paranaense, que praticamente dobrou em seis anos: de R$ 440 bilhões em 2018 para R$ 718,9 bilhões em 2024. Com esse desempenho, o Paraná alcançou a quarta posição entre as maiores economias do país, ultrapassando o Rio Grande do Sul.

O crescimento econômico também trouxe ganhos sociais. Em 2024, o Estado registrou a menor taxa de desemprego de sua história, com apenas 3,3% de desocupação, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice é inferior ao de países desenvolvidos como Alemanha (3,4%), Itália (5,8%), Canadá (6,5%) e França (7,6%).

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