O exército paquistanês iniciou sua retaliação contra a “agressão indiana”, anunciou a TV estatal paquistanesa neste sábado (10), no horário local.
O anúncio foi feito logo após o Paquistão afirmar que a Índia havia atacado várias de suas bases aéreas militares.
O exército paquistanês informou ter iniciado a “Operação Bunyanun Marsoos”, em retaliação à “agressão indiana”.
“Paquistão responde!!”, dizia o comunicado. A operação recebeu o nome de um versículo do Alcorão que significa “muro inquebrável”.
“O depósito de Brahmos foi destruído na área de Bias”, informou o exército na manhã deste sábado, horário local, acrescentando que ataques em vários outros locais estão em andamento.
O BrahMos é um míssil de cruzeiro supersônico de longo alcance. O Paquistão também informou que atingiu o campo aéreo indiano de Pathankot e a Estação Aérea de Udhampur.
O exército paquistanês afirmou que, em uma retaliação “olho por olho”, atacou as bases aéreas indianas que foram usadas para lançar mísseis contra o Paquistão.
A CNN não pode verificar de forma independente a alegação do Paquistão sobre os ataques da Índia. A CNN entrou em contato com o Ministério da Defesa da Índia e a Força Aérea Indiana para obter uma resposta.
O Paquistão fechou seu espaço aéreo para todo o tráfego aéreo neste sábado, no horário local, de acordo com um porta-voz da Autoridade Aeroportuária do Paquistão (PAA).
O fechamento, que começou às 3h15, horário local, se aplicará a todos os voos civis no país até o meio-dia, horário local, deste sábado.
O anúncio foi feito após o Paquistão afirmar que a Índia lançou mísseis contra várias bases militares importantes no Paquistão, incluindo a Base Aérea de Nur Khan, próxima à capital, Islamabad.
A Índia lançou a “Operação Sindoor” na quarta-feira (7) — noite de terça-feira (6), no horário de Brasília — e atingiu “infraestrutura terrorista” tanto no Paquistão quanto na região da Caxemira administrada pelo Paquistão.
Essa é uma grande escalada, que leva as duas nações vizinhas, que possuem armas nucleares, à beira de uma guerra total.
O Paquistão diz ter abatido cinco jatos da Força Aérea Indiana e um drone. A Índia não confirmou essas perdas.
Fontes paquistanesas disseram que três dos cinco aviões abatidos eram caças Rafale — ativos valiosos da Força Aérea Indiana adquiridos de um fabricante francês.
A ofensiva indiana ocorre após homens armados matarem 26 pessoas, a maioria turistas, na Caxemira controlada pela Índia em abril. A Índia acusou o Paquistão de envolvimento, algo que o governo paquistanês nega.
A Índia, de maioria hindu, e o Paquistão, de maioria muçulmana, controlam partes da Caxemira, mas a reivindicam integralmente e já travaram três guerras pelo território.