18/04/2025 - 17:45
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Oscilações climáticas comprometem produtividade do milho em estados do Cerrado e Rondônia

O cultivo do milho avança em diversas regiões do país, mas enfrenta desafios significativos nas fases de enchimento e florescimento, conforme aponta o mais recente boletim da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A irregularidade climática tem prejudicado o desenvolvimento das lavouras, impactando diretamente a produtividade.

“As mudanças no regime de chuvas alteram o ritmo de desenvolvimento da cultura e provocam variações expressivas nos rendimentos, especialmente nas regiões produtoras do MATOPIBAPA (Maranhão, Tocantins, Piauí, Bahia e Pará), além de Mato Grosso e Rondônia”, explica Manoel Álvares, gerente de inteligência da ORÍGEO — joint-venture entre Bunge e UPL, especializada em soluções sustentáveis e gestão agrícola.

No sul do Maranhão, o milho tem se desenvolvido dentro da normalidade. Já em outras áreas da região, o plantio está praticamente finalizado, mas o clima não tem favorecido o desenvolvimento inicial das lavouras.

A situação é mais crítica no Piauí, onde o plantio iniciado em dezembro sofreu atrasos causados pela escassez de chuvas. Regiões como o Alto Médio Canindé, Picos, Pio IX, Médio Parnaíba, Campo Maior, Teresina e Valença foram particularmente afetadas, comprometendo o crescimento das plantações.

Na Bahia, o plantio foi concluído e a colheita já começou no Oeste, beneficiada pelas chuvas regulares. No entanto, a produção no Centro-Norte e no Sul do estado ficou abaixo da safra anterior, justamente em razão das condições climáticas adversas. No Tocantins, o milho apresentou bom desenvolvimento, com destaque para a aceleração da colheita da soja e o consequente avanço do plantio do milho, que já alcança mais de 80% da área prevista.

Em Rondônia, as lavouras foram favorecidas pelas chuvas, garantindo bom desenvolvimento. No Mato Grosso, apesar de a soja ter superado as expectativas de rendimento, as chuvas intensas provocaram atrasos no plantio da segunda safra de milho.

No Pará, o cenário é o oposto: o excesso de chuvas nas principais regiões produtoras, como Santarém e Paragominas, resultou em um ritmo mais lento no plantio do cereal.

De acordo com Hudslon Huben, gerente de FFE/GTM da ORÍGEO, a regularidade do fluxo hídrico é essencial para o sucesso da cultura. “A escassez de chuvas, aliada ao estresse térmico, compromete a produtividade. Por outro lado, chuvas bem distribuídas e boa absorção de nutrientes favorecem o enchimento dos grãos e elevam a produção”, afirma.

Huben ressalta a importância de estratégias adequadas de manejo em tempos desafiadores. “É fundamental fornecer suplementação nutricional adequada e atuar no controle de pragas e doenças que possam prejudicar a colheita. A ORÍGEO oferece um portfólio completo de soluções para apoiar o produtor durante toda a jornada produtiva”, conclui.

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