Operação Vingança estreia nesta quinta-feira (10/4) nos cinemas brasileiros. O novo filme de suspense americano, dirigido por James Hawes, traz uma perspectiva diferente para as abordagens de espionagem no cinema.
Com Rami Malek vivendo o protagonista Charles Heller, o longa-metragem contra a história de um criptógrafo altamente capacitado da CIA que viu a esposa morrer em um ataque terrorista em Londres. Diante da indiferença da agência, ele resolve agir em busca de justiça.
Diferentemente de outros títulos do gênero, Operação Vingança deixa as extravagâncias e os exageros violentos de lado em cena. A produção aposta em uma imagem permanentemente fria, que dialoga bem com a proposta do protagonista “incapaz de puxar um gatilho”, que sempre planeja bem as ações antes de executar.
Com o dilema clichê de conspirações políticas e militares, traições profissionais, e uma saga quase solitária que emula uma jornada de herói, o filme coloca o suspense e a crueldade lado a lado. É uma sede por vingança que nem sempre derrama sangue, onde a cor quente do vermelho dá lugar aos tons frios do azul e do cinza.
Rami Malek não chegou nem próximo da atuação que o concedeu uma estatueta do Oscar, mas teve bom encaixe no papel de um nerd secreto. O elenco de apoio ao protagonista também não tem muito brilho, salvo destaque para o ilustre Laurence Fishburne, que vai bem no papel do durão Henderson. Ele realmente sabe como atuar em filmes do gênero.
Com a escassez de novos filmes e tramas sobre espionagem e conspirações militares nas telonas, Operação Vingança é uma boa pedida para quem procura sagacidade e ação abordadas com aspectos diferentes. É um ponto de vista incomum do gênero que se torna interessante.