A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Avaré deflagrou, na manhã desta quarta-feira (28), uma operação que resultou no cumprimento de três mandados de prisão temporária e um mandado de busca e apreensão na cidade de Sorocaba.
A ação, que contou com o apoio do Grupo de Operações Especiais (GOE) de Sorocaba, está diretamente ligada às investigações do homicídio que vitimou um taxista de 60 anos, encontrado morto dentro de seu veículo em Coronel Macedo, em abril de 2024.
As prisões ocorreram no bairro Jardim Esperança, em Sorocaba, e envolvem uma mulher de 45 anos, seu filho de 27, e um homem de 51 anos. A Justiça expediu os mandados após uma apuração minuciosa dos fatos, que apontou para a participação ativa do trio na morte do taxista.
As investigações revelaram fortes indícios de que a morte do taxista, inicialmente registrada como suspeita, pode ter sido premeditada. O trabalho investigativo da DIG Avaré foi aprofundado, incluindo análise de registros telefônicos e quebra de sigilos de dados, que corroboraram o envolvimento dos três suspeitos.
Durante o cumprimento dos mandados, a polícia apreendeu diversos objetos, como aparelhos celulares, documentos e computadores, que serão submetidos à perícia técnica. O objetivo é confirmar as suspeitas levantadas ao longo da investigação.
A operação de hoje é fruto de meses de diligências que permitiram mapear a complexa relação entre os investigados e a vítima. Segundo a Polícia Civil, os suspeitos mantinham vínculos pessoais e financeiros com o taxista e há indícios de que teriam se beneficiado economicamente após sua morte, inclusive com a aquisição de bens.
O caso ganhou notoriedade não apenas pela complexidade dos vínculos, mas também pelas contradições apresentadas nos interrogatórios dos investigados. Esses elementos foram cruciais para a representação pela prisão temporária, visando assegurar a coleta de provas e evitar qualquer tipo de interferência nas investigações.
O delegado responsável pelo caso, Adriano Leite de Assis, enfatizou a importância das prisões para o avanço da investigação. “O inquérito aponta indícios consistentes de homicídio qualificado, com premeditação, motivo torpe e participação de mais de uma pessoa, o que exige uma apuração cautelosa e rigorosa”, destacou o delegado.
Os três investigados permanecerão à disposição da Justiça. As prisões temporárias podem ser convertidas em preventivas, dependendo do andamento do inquérito policial. A Polícia Civil continua com as diligências complementares para identificar outros possíveis envolvidos e consolidar o conjunto probatório.
A Delegacia de Investigações Gerais de Avaré informou que novas informações sobre o caso serão divulgadas oportunamente, sempre respeitando o sigilo necessário à investigação e os direitos constitucionais dos envolvidos. O inquérito policial segue em andamento, sob a supervisão do Ministério Público e do Poder Judiciário.
