A Organização Internacional do Açúcar (OIA) divulgou, nesta sexta-feira, sua primeira projeção para a temporada 2024/25, indicando um déficit global de 3,58 milhões de toneladas de açúcar. Essa estimativa reflete uma possível escassez no mercado, diante das dinâmicas atuais de produção e consumo.
Em uma atualização trimestral, a OIA também revisou para baixo sua previsão de déficit para a temporada de outubro de 2023 a setembro de 2024, reduzindo-a de 2,95 milhões para 200 mil toneladas, em comparação com a última avaliação realizada em junho.
Segundo o órgão intergovernamental, a maior mudança observada ocorreu na América do Sul, especialmente no Brasil. A região centro-sul do país antecipou parte significativa da produção para o período anterior a outubro, o que elevou os números da temporada 2023/24. Contudo, essa antecipação também foi identificada como o principal motivo para a queda estimada na produção em 2024/25.
A OIA destacou que essa alteração na produção brasileira ajudou a mitigar um déficit comercial previsto, levando a entidade a adotar uma perspectiva neutra a otimista para os próximos três meses. Anteriormente, a OIA mantinha uma visão predominantemente otimista sobre o mercado.
Para a temporada 2024/25, a produção mundial de açúcar está projetada para uma queda de 1,1%, alcançando 179,29 milhões de toneladas. Em contrapartida, o consumo global deverá crescer 0,8%, chegando a 182,87 milhões de toneladas. A organização observou que esse aumento no consumo é inferior ao registrado na última temporada e está em linha, ou até abaixo, do crescimento da população mundial.