01/06/2025 - 13:38
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Oferta global em alta pressiona preços internacionais do açúcar em maio

Os preços internacionais do açúcar seguiram em queda durante o mês de maio, refletindo as expectativas de ampla oferta global na safra 2025/26. O movimento amplia as perdas iniciadas em abril e reforça o cenário de pressão no mercado.

Na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), referência mundial para o açúcar bruto, os contratos com vencimento em julho fecharam o dia 29 de maio cotados a 17,00 centavos de dólar por libra-peso, recuando 1,44% em relação aos 17,25 centavos registrados em 30 de abril. No período, os preços chegaram à mínima de quase quatro anos, atingindo 16,81 centavos.

Segundo relatório semestral do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a produção global de açúcar deverá aumentar 4,73% em 2025/26, chegando a 189,318 milhões de toneladas, ante 180,754 milhões em 2024/25.

A demanda global também deve crescer, mas em ritmo menor: alta de 1,4%, passando de 175,435 milhões para 177,921 milhões de toneladas. Com isso, o mercado deve registrar um excedente de oferta de 11,397 milhões de toneladas, o dobro do superávit de 5,319 milhões de toneladas previsto para 2024/25.

Brasil: A produção brasileira deve subir 1 milhão de toneladas, atingindo um recorde de 44,7 milhões de toneladas. O clima favorável nas lavouras de cana impulsionou a produtividade. A destinação da safra deve mudar: a produção voltada ao açúcar deve cair de 51% para 49%, favorecendo o etanol, que deve subir de 49% para 51%.

Índia: O país deve registrar alta de mais de 25% na produção, chegando a 35,3 milhões de toneladas, graças ao aumento da área plantada e às boas condições climáticas. O consumo interno também deve crescer, impulsionado pelo setor de serviços alimentícios. Já as exportações e estoques devem crescer com o aumento da oferta.

União Europeia: A produção do bloco deve cair 9%, totalizando 15 milhões de toneladas, devido à redução de 10% na área plantada com beterraba, principalmente na França e Alemanha. O consumo e os estoques permanecem estáveis, mas as importações aumentam diante da menor oferta interna, enquanto as exportações recuam.

A Tailândia deve aumentar sua produção em 2%, atingindo 10,3 milhões de toneladas, com elevação da produtividade e da área de cana. O consumo interno segue em alta, mas em ritmo mais lento, com a queda da demanda da indústria de alimentos voltada à exportação. As exportações tailandesas devem cair, impactadas pela forte concorrência de grandes exportadores como o Brasil. Os estoques devem permanecer estáveis.

Com o crescimento da produção e a desaceleração do consumo em alguns países, os estoques finais globais devem crescer, especialmente por conta dos volumes acumulados na Índia e na China.

Com o cenário de excedente de oferta, crescimento moderado da demanda e aumento dos estoques, o mercado internacional de açúcar segue sob pressão, o que pode manter os preços em patamares baixos nos próximos meses.

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