Os comentaristas Caio Coppolla e José Eduardo Cardozo discutiram, nesta quarta-feira (9), em O Grande Debate (de segunda a sexta-feira, às 23h), se alguém terá que ceder no embate entre Estados Unidos e China.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que aumentaria as taxas de importação sobre a China para 125%, intensificando sua retaliação com Pequim.
Coppolla acredita que a China é globalmente predatória do ponto de vista comercial.
“É preciso lembrar que a nação deficitária são os EUA e isso vem há décadas. Historicamente os EUA vêm sendo prejudicados pelas regras em geral adotadas pela Organização Mundial do Comércio, se precisar citar alguma a principal dela é a regra da nação mais favorecida que permitiu, por exemplo, que enquanto os EUA tivessem uma média de tarifas na casa de 3,3%, a China praticasse mais do que o dobro. Uma média global de 7,5%”, disse.
“Não só isso, em alguns setores específicos, por exemplo manufatura de carros, a tarifa chinesa é 25%, às vezes quatro vezes maior do que a tarifa americana”, completou.
Cardozo avalia que a visão do governo Donald Trump em relação a essa questão é míope.
“As bolsas caíram ontem, quando ele recua hoje por 90 dias colocando em 10%, as bolsas voltaram a subir, mas aquelas empresas dos EUA que compram produtos da China vão sofrer, porque vão pagar muito mais para vender para os seus consumidores. ‘Então eles que construam as fábricas nos EUA’, vai demorar anos, ou seja, encarecerá os produtos, as empresas dos EUA serão atingidas”, opinou.
“Essa dimensão autoritária, irracional e, segundo Elon Musk, idiota desta política parece clara a todos os analistas econômicos do mundo que estão absolutamente assustados com o que está acontecendo”, concluiu.
