30/04/2025 - 19:48
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Nível de gastos militares mundiais é o maior em 40 anos, diz relatório

O mundo está se armando no ritmo mais rápido desde o fim da Guerra Fria, segundo um novo relatório, enquanto grandes guerras se alastram na Ucrânia e na Faixa de Gaza e as tensões militares aumentam da Europa para a Ásia.

O aumento de 9,4% em relação ao ano anterior nos gastos militares globais, para US$ 2,718 trilhões em 2024, é o maior valor já registrado pelo Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (SIPRI), que alertou que não existe um fim à vista para a crescente corrida armamentista global.

Esse é o maior aumento desde 1988, ano anterior à queda do Muro de Berlim.

“Muitos países também se comprometeram a aumentar os gastos militares, o que levará a novos aumentos globais nos próximos anos”, afirma o relatório.

Os Estados Unidos continuam sendo, de longe, o país que mais gasta com o setor militar do mundo – quase um trilhão de dólares em 2024.

Itens importantes no orçamento dos EUA incluíam caças furtivos F-35 e seus sistemas de combate (US$ 61,1 bilhões), novos navios para a Marinha (US$ 48,1 bilhões), modernização do arsenal nuclear (US$ 37,7 bilhões) e defesa antimísseis (US$ 29,8 bilhões).

O orçamento americano incluiu US$ 48,4 bilhões em ajuda à Ucrânia, quase três quartos do orçamento de Defesa de Kiev, que é de US$ 64,8 bilhões.

A China seguiu os EUA em gastos militares totais, com uma estimativa de US$ 314 bilhões, pouco menos de um terço do total americano, segundo o relatório.

O instituto não detalhou os gastos chineses, mas observou que o país “revelou diversas capacidades aprimoradas em 2024, incluindo novas aeronaves de combate furtivas, veículos aéreos não tripulados (VANTs) e veículos subaquáticos não tripulados”.

“A China também continuou a expandir rapidamente o arsenal nuclear em 2024”, destacou.

Juntos, EUA e China foram responsáveis ​​por quase metade dos gastos militares mundiais em 2024, de acordo com o relatório.

Mas os países envolvidos em conflitos regionais ou com tensões regionais crescentes apresentaram os maiores aumentos nos gastos em relação ao ano anterior.

Israel, que lançou uma invasão ao território palestino de Gaza em 2023, apresentou um aumento de 65% nos gastos militares em 2024.

Enquanto isso, a Rússia, que invadiu a Ucrânia em 2022, apresentou um aumento estimado de pelo menos 38%, mas o SIPRI observou que esse número provavelmente era maior, já que Moscou reforça os cofres militares com recursos de fontes regionais e outras.

O conflito de mais de três anos na Ucrânia fez com que os países da Otan, a aliança militar ocidental, aumentassem significativamente os orçamentos.

Tudo isso acontece enquanto o presidente dos EUA, Donald Trump, pressiona a Europa e a aliança a serem mais responsáveis ​​pela defesa, alegando que elas vêm se aproveitando dos Estados Unidos.

A Alemanha, que possui quarto maior orçamento de defesa do mundo, aumentou os gastos em 28%.

Romênia (43%), Holanda (35%), Suécia (34%), República Tcheca (32%), Polônia (31%), Dinamarca (20%), Noruega (17%), Finlândia (16%), Turquia (12%) e Grécia (11%) foram os outros integrantes da Otan entre os 40 maiores gastadores com o setor de defesa do mundo que apresentaram aumentos de dois dígitos em 2024.

“O rápido aumento nos gastos entre os integrantes europeus da Otan foi impulsionado principalmente pela ameaça russa e pelas preocupações com o possível desligamento dos EUA da aliança”, comentou Jade Guiberteau Ricard, pesquisadora do Programa de Despesas Militares e Produção de Armas do SIPRI.

Mas analistas afirmam que pode ser necessário mais do que dinheiro para que os aliados dos EUA na Europa se tornem militarmente autossuficientes.

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