O principal negociador de ouro e joias furtadas e roubadas da organização criminosa liderada pela “Mainha do crime” foi preso nesta quarta-feira (7), em Ferraz de Vasconcelos, na Região Metropolitana de São Paulo.
A prisão do suspeito, de 37 anos, ocorreu durante a Operação Ouro Reverso, que investiga a receptação e a lavagem de dinheiro de metais preciosos no estado paulista. Ele foi encontrado com R$ 80 mil.
De acordo com as investigações, o homem atuava como “flecha” na facção, ao receber as joias vindas do crime e vendê-las rapidamente para lojas do centro da cidade. Assim, o fluxo do crime era mantido.
A Polícia Civil de São Paulo fez uma operação contra uma quadrilha especializada em roubos de ouro e joias, nesta quarta-feira (7), em diversos municípios do estado paulista.
A operação coordenada pela 3ª Delegacia de Polícia de Investigações Sobre Fraudes Financeiras e Econômicas, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), apreendeu cerca de R$ 2,7 milhões em ouro e joias, além de R$ 157 mil em espécie. Três lojas clandestinas utilizadas para derretimento dos materiais preciosos tiveram o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) cassados.
As lojas em que o indiciado vendia o ouro foram alvo dos mandados de busca. Em um dos estabelecimentos, localizado no centro de São Paulo, foram encontradas 12 alianças intactas. O material é analisado pelo Deic, que tenta localizar as pessoas que tiveram o pertence roubado.
Além do preso, mais dez pessoas e 11 empresas são investigadas no esquema. Celulares e dispositivos eletrônicos também foram apreendidos. O homem pode responder por crimes de receptação e organização criminosa.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP), responsável pela Polícia Civil, classificou o grupo como uma “rede criminosa” focada na receptação dos produtos de luxo.
Foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão temporária nas cidades de Mogi das Cruzes, Ferraz de Vasconcelos e Mairiporã, na Grande São Paulo, em Campinas, no interior do estado, e em endereços na capital paulista.
A operação contou com a participação da Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado, que atua para verificar regularidades cadastrais e análise de documentos fiscais relacionados às atividades dos investigados. Também contou com avaliadores do setor de penhor da Caixa Econômica Federal, que acompanharam os trabalhos para auxiliar na identificação e qualificação técnica dos bens apreendidos.
