O recém-empossado ministro da Previdência, Wolney Queiroz, publicou neste sábado (3), nas redes sociais, seu primeiro dia à frente da pasta. Queiroz tomou posse na noite de sexta-feira (2), após a demissão do ex-chefe da pasta e aliado, Carlos Lupi.
“Mesmo sendo um sábado, estou aqui no ministério”, afirmou ele em uma postagem no seu perfil no Instagram.
Lupi pediu demissão em meio a investigações sobre um esquema de fraude bilionário no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em descontos indevidos das contas de aposentados e pensionistas.
No mesmo dia em que saiu, Wolney Queiroz, que atuava como secretário-executivo da pasta, foi oficializado como novo chefe do Ministério da Previdência.
“Como secretário-executivo, minha atuação era mergulhada na parte burocrática do ministério. Agora, preciso conhecer com detalhes o conjunto da pasta, também porque temos um novo presidente do INSS, com quem falei ontem e falarei em breve”, continuou.
Além de Gilberto Waller Júnior, também novo na presidência do INSS, Queiroz afirmou ter conversado com Jorge Messias, Advogado-Geral da União. Tanto Waller Júnior quanto Messias tiveram reunião, na sexta, para discutir o ressarcimento aos aposentados e pensionistas.
“Sei que a tarefa é árdua, mas vou honrar a confiança do presidente Lula, do PDT, e principalmente dos aposentados”, completou Queiroz.
Até a demissão do ex-ministro Carlos Lupi, Wolney Queiroz Maciel, de 52 anos, era secretário-executivo do Ministério da Previdência Social. Na hierarquia da pasta, ele estava abaixo de Lupi.
Ex-deputado federal por Pernambuco, Wolney é filiado ao mesmo partido de Lupi: o PDT.
Ele é natural de Caruaru, no interior de Pernambuco, onde foi vereador entre 1993 e 1995.
Com formação incompleta em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o novo ministro já ocupou cargos de diretor em empresas de distribuição e logística, segundo biografia disponível no site da Câmara dos Deputados.
Foram dois os períodos de Wolney como deputado federal eleito: entre 1995 e 1999 e entre 2007 e 2023. Em 2022, disputou a reeleição, mas não teve êxito.
Em seu último mandato em Brasília, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), Wolney foi líder do PDT e da oposição na Câmara.