13/05/2025 - 05:21
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Minas Gerais amplia cultivo de algodão em 34%, mas seca ameaça produtividade das lavouras

 O estado registrou um expressivo aumento de 34% na área plantada com algodão, impulsionado pela expectativa de crescimento nacional da produção. No entanto, a estiagem que atinge diversas regiões mineiras coloca em risco o rendimento das lavouras de sequeiro e acende o alerta entre os produtores.

De acordo com o Relatório de Safra da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), publicado em março, o algodão ocupará nesta temporada 2,14 milhões de hectares em todo o país, com produção estimada em 3,95 milhões de toneladas — um aumento de 6,8% em relação à safra anterior. Essa alta está diretamente relacionada à expansão da área plantada em estados como Minas Gerais, onde o crescimento foi de 34%.

Apesar da maior área cultivada, o clima seco registrado em várias regiões mineiras deve impactar negativamente a produtividade. Segundo Licio Pena de Sairre, diretor-executivo da Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa), a produção regional ainda pode crescer em torno de 25%, mas o rendimento por hectare tende a ser inferior ao registrado no ano passado.

“Há uma expansão no plantio e, consequentemente, uma produção muito maior, mas em termos de produtividade, a tendência é ficar menor do que no ano passado, quando Minas se destacou entre as maiores do Brasil. Este ano, devido ao fenômeno climático, teremos redução”, explicou o dirigente.

A Abrapa já havia antecipado a possibilidade de perdas por seca, o que permitiu que os produtores adotassem estratégias para mitigar os impactos climáticos. Uma das principais medidas foi justamente o aumento da área plantada, buscando compensar a redução esperada na produtividade com um volume maior de lavouras em produção.

Diante das incertezas climáticas, os produtores mineiros têm reforçado o investimento em tecnologia agrícola e manejo eficiente como principais ferramentas para manter a competitividade da cotonicultura.

“Quando o produtor opta por incluir o algodão no seu sistema produtivo, o nível tecnológico sobe. Ele deve estar atento às tecnologias disponíveis no mercado, como as sementes transgênicas tolerantes e resistentes a nematoides, e variedades que demonstram maior resiliência à seca — algo que precisa estar no centro das discussões daqui para frente”, defende Licio Pena.

Mesmo diante das adversidades, a cotonicultura em Minas Gerais continua firme na busca por inovação e adoção das melhores práticas agronômicas, com o objetivo de garantir o abastecimento das indústrias têxteis no Brasil e no exterior. A resiliência dos produtores e o uso de tecnologias de ponta são, cada vez mais, diferenciais fundamentais para o futuro sustentável da cadeia do algodão no estado.

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