Os principais índices da bolsa chinesa atingiram o menor patamar em sete meses nesta sexta-feira, impulsionados por fortes quedas nos setores de tecnologia e imobiliário, que superaram os ganhos registrados pelas corretoras. No fechamento do pregão, o índice de Xangai recuou 0,81%, assim como o CSI300, que reúne as maiores empresas listadas em Xangai e Shenzhen. Ambos alcançaram os níveis de fechamento mais baixos desde 5 de fevereiro deste ano.
No acumulado da semana, o índice SSEC perdeu 2,69%, enquanto o CSI300 sofreu uma queda de 2,71%, refletindo o pessimismo dos investidores com o desempenho da economia chinesa.
O ex-presidente do Banco Central da China, Yi Gang, reforçou a necessidade de o país focar no combate à pressão deflacionária, uma vez que a economia continua a enfrentar dificuldades para deslanchar, mesmo com uma série de medidas de estímulo adotadas pelo governo. Apesar de o banco central ter sinalizado um possível afrouxamento monetário na quinta-feira, essa indicação foi interpretada pelo mercado como um reconhecimento da fraqueza econômica.
Entre os setores mais afetados no dia, destacaram-se o de bens de consumo básicos, com queda de 0,97%, o imobiliário, que recuou 1,45%, e o de saúde, que sofreu uma desvalorização de 1,76%. Na contramão, as corretoras tiveram forte alta, impulsionadas pela notícia de que a Guotai Junan Securities fechou acordo para adquirir sua concorrente Haitong Securities, aumentando as expectativas de mais consolidações no setor financeiro.
As negociações no mercado de Hong Kong foram suspensas em razão do supertufão Yagi.
O cenário reflete as incertezas do mercado asiático, que continua a reagir à conjuntura econômica e às condições climáticas adversas em algumas regiões.