O mercado brasileiro de feijão fechou o mês de maio com ritmo lento de negociações, marcada por baixa liquidez tanto no tipo carioca quanto no feijão preto. A seletividade dos compradores e o excesso de oferta, especialmente na segunda variedade, foram os principais fatores que travaram os negócios ao longo do mês. As informações são do analista da Safras & Mercado, Evandro Oliveira.
A comercialização do feijão carioca seguiu lenta durante maio, mesmo em praças com oferta ajustada.
A falta de interesse do varejo prejudicou o ritmo dos negócios, com liquidez restrita a negociações pontuais.
Compradores mantiveram postura defensiva, priorizando apenas grãos de escurecimento lento e alta qualidade, negociados em pequenos volumes.
Com os estoques abastecidos, o varejo não teve urgência em renovar as prateleiras, o que impediu reação nos preços.
Produtores resistiram a ofertas com deságio e preferiram armazenar grãos superiores. Já os corretores flexibilizaram preços em momentos de acúmulo, provocando quedas nos padrões inferiores.
Queda nos preços:
Grãos premium e comerciais:
Impacto do clima:
Chuvas e frentes frias no Paraná e no Sul do país trouxeram incertezas para a colheita e secagem, com cerca de um terço da safra ainda no campo ao final de maio. Isso aumentou o risco de perdas qualitativas.
Comercialização praticamente paralisada:
Exportações e demanda seletiva:
Perspectivas:
Segundo Evandro Oliveira, o comportamento da demanda doméstica e a continuidade das exportações serão determinantes nos próximos movimentos de mercado. “Apesar da pressão atual, há sinais de que os preços do feijão preto possam ter atingido o piso, com possibilidade de recuperação nas próximas semanas”, afirmou.