10/05/2025 - 04:57
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Mercado de café sente início da safra brasileira, mas cotações seguem sustentadas nas bolsas internacionais

Enquanto as cotações internacionais do café arábica e robusta permaneceram firmes, impulsionadas por temores de oferta restrita no curto prazo, o mercado físico brasileiro já começa a registrar pressão típica da entrada da nova safra. A colheita, ainda em estágio inicial, especialmente para o arábica, influencia diretamente os preços praticados no país.

As bolsas de Nova York e Londres registraram cotações sustentadas ao longo da semana, refletindo tanto fatores sazonais quanto macroeconômicos. No cenário global, a oferta ainda limitada, especialmente para o robusta, e as incertezas climáticas que impactaram a produção brasileira, continuam no radar dos investidores.

Em Nova York, os contratos de café arábica (base julho) oscilaram entre 385 e 390 centavos de dólar por libra-peso. Apesar da volatilidade influenciada por oscilações cambiais e decisões sobre juros nos Estados Unidos, o contrato julho registrou valorização de 0,7% na comparação entre os dias 1º e 8 de maio, passando de 384,65 para 387,35 centavos de dólar por libra-peso.

Já em Londres, os contratos de café robusta (também base julho) apresentaram um ganho mais expressivo no mesmo período, com alta de 2,7%.

No mercado do café canéfora (robusta/conilon), a oferta internacional permanece apertada, com a safra apenas começando no Vietnã e na Indonésia. Esse cenário sustenta os preços na Bolsa de Londres.

No Brasil, por outro lado, a colheita de conilon avança e se mostra promissora em volume. No entanto, o país, maior produtor e exportador mundial de café, deve enfrentar uma safra menor de arábica, impactada pelas condições climáticas desfavoráveis registradas no início de 2024. Essa situação gera preocupações entre os agentes de mercado, que acompanham de perto o ritmo da colheita e a qualidade dos grãos.

No mercado interno, a entrada da nova safra começa a influenciar negativamente os preços, tanto para o arábica quanto para o conilon. Apesar de os lotes colhidos ainda serem iniciais e apresentarem alto índice de catação, os compradores já pressionam por valores mais baixos, enquanto os produtores restringem a oferta, aguardando melhores condições de comercialização.

Entre os dias 1º e 8 de maio, o café bebida boa no Sul de Minas Gerais registrou queda de 2,3% na base de compra, passando de R$ 2.650,00 para R$ 2.590,00 por saca. No Espírito Santo, o conilon tipo 7 também recuou, com desvalorização de 3,5% em Vitória, saindo de R$ 1.715,00 para R$ 1.655,00 por saca.

O mercado segue em um momento de transição, com os fundamentos de curto prazo sendo impactados pela chegada da safra brasileira e pelas incertezas quanto ao tamanho e à qualidade da produção, especialmente do arábica. Ao mesmo tempo, o contexto global — marcado por instabilidade financeira e questões geopolíticas — continua a influenciar a volatilidade nas bolsas internacionais.

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