09/05/2025 - 06:43
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Mato Grosso consolida vice-liderança na produção nacional de etanol com alta de 17% na safra 2024/25

Com um avanço expressivo na produção de etanol, Mato Grosso reafirma sua posição como o segundo maior produtor nacional do biocombustível, atrás apenas de São Paulo. Dados divulgados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) apontam que, na safra 2024/25, a produção estadual alcançou 6,70 bilhões de litros, representando um crescimento de 17% em relação ao ciclo anterior. O índice supera, com folga, a média nacional, que ficou em 3,65%.

O resultado foi apresentado em coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (5), no auditório da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (Fiemt). O evento foi promovido pela Fiemt em parceria com o Sindicato das Indústrias de Bioenergia do Estado de Mato Grosso (Bioind-MT) e contou com a presença de representantes do setor, incluindo o superintendente do Sistema Famato, Cleiton Gauer, o presidente da Fiemt, Silvio Rangel, e o diretor-executivo da Bioind, Giuseppe Lobo.

O principal motor do crescimento da produção de etanol em Mato Grosso é o milho. Do total de 6,70 bilhões de litros produzidos na safra 2024/25, 5,62 bilhões têm como base o cereal, o que posiciona o estado como responsável por 68% da produção nacional de etanol de milho. A moagem do grão aumentou de 10,11 para 12,50 milhões de toneladas, o que impulsionou a produção em 23,77%.

Além do etanol, a cadeia produtiva do milho também registrou aumentos relevantes nos coprodutos: a fabricação de DDG/DDGS (grãos de destilaria secos) cresceu 28,28%, atingindo 2,72 milhões de toneladas, enquanto a produção de óleo de milho teve alta de quase 30%, chegando a 257,5 mil toneladas.

Apesar do bom desempenho do milho, o etanol derivado da cana-de-açúcar apresentou recuo. A moagem da matéria-prima caiu 2,37% e a produção do biocombustível reduziu-se em 8,63%, totalizando 1,08 bilhão de litros. Em contrapartida, o setor canavieiro ampliou a fabricação de açúcar, que cresceu 6,21%, com um volume total de 571,1 mil toneladas.

Para a safra 2025/26, a expectativa do Imea é de que a produção total de etanol em Mato Grosso atinja 7,03 bilhões de litros, o que representaria um crescimento de 5% em relação à safra atual. Desse volume, 5,98 bilhões de litros deverão ser provenientes do milho, impulsionados pela entrada em operação de duas novas usinas e pela elevação da moagem, que pode chegar a 13,3 milhões de toneladas.

Já para o etanol de cana-de-açúcar, a projeção é de queda de 2,10%, mantendo-se em 1,08 bilhão de litros.

Além da produção de etanol, as indústrias de bioenergia de Mato Grosso têm papel relevante na geração de energia elétrica, óleo de milho e grãos de destilaria. O setor também atua na emissão de Créditos de Descarbonização (CBIOs), contribuindo com o mercado financeiro e com as metas de transição energética do país.

O levantamento foi realizado pelo Imea, instituição com 28 anos de atuação no estado, composta por um corpo técnico de 43 profissionais. O instituto acompanha todos os 142 municípios de Mato Grosso, divididos em 21 microrregiões e sete macrorregiões, e mantém atualizados mais de 300 indicadores do agronegócio, com base em mais de 5 mil contatos.

Durante a apresentação, também foram detalhados o ranking nacional da produção de etanol, a evolução mensal por tipo de produto, o comportamento dos mercados de etanol de milho e cana, e as perspectivas para os próximos ciclos.

Segundo as projeções de longo prazo apresentadas pelo Imea, a produção de etanol de milho em Mato Grosso deve mais que dobrar até a safra 2033/34, alcançando 12,62 bilhões de litros. A estimativa é sustentada pelo contínuo crescimento do setor, com a instalação de novas usinas e a ampliação da capacidade das plantas industriais já em operação.

Essa perspectiva reforça o protagonismo do estado na produção nacional de biocombustíveis e no avanço da economia verde.

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