As recentes ações de Donald Trump no Oriente Médio sugerem um distanciamento estratégico de Israel, em um momento em que o país enfrenta crescentes críticas internacionais por sua campanha militar em Gaza.
Lourival Sant’Anna, analista de assuntos internacionais, destaca que Trump tem realizado movimentos que isolam Israel na região. Entre essas ações, estão a concordância com a campanha de bombardeio aos Houthis no Iêmen, uma viagem à Península Arábica sem passar por Israel, e negociações de um acordo nuclear com o Irã.
Mudança de postura e reações internacionais
No início de seu mandato, Trump surpreendeu ao sugerir a expulsão dos palestinos de Gaza, transformando o território em uma “riviera”. Agora, com Netanyahu adotando publicamente objetivos similares, países como Reino Unido, França e Canadá expressam preocupação com as práticas do governo israelense.
A situação humanitária em Gaza agrava-se, com relatos de fome coletiva devido ao cerco e bloqueio de ajuda. Os bombardeios continuam causando vítimas civis, principalmente crianças e mulheres, que compõem a maioria dos mais de 53 mil mortos registrados até o momento.
Netanyahu, pressionado internamente por ministros de linha-dura, mantém sua posição. Em uma reunião fechada, teria declarado a intenção de destruir as casas dos palestinos para impedir seu retorno, segundo o jornal israelense The Times of Israel.
A comunidade internacional observa com apreensão o desenrolar dos eventos, enquanto a situação em Gaza continua a se deteriorar, levantando questões sobre o futuro da região e as relações diplomáticas entre os Estados Unidos e Israel.
