A morte de Thiago da Silva Folly, conhecido como “TH da Maré”, encerra uma trajetória marcada pela violência e por uma longa fuga da Justiça.
O traficante é apontado como uma das principais lideranças do Terceiro Comando Puro (TCP) no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, e foi morto em uma operação do Bope nesta terça-feira (13).
Considerado um dos criminosos mais perigosos do estado, TH da Maré acumulava 227 anotações criminais e tinha 17 mandados de prisão em aberto. Ele estava foragido da Justiça desde 2016.
As investigações sobre seu paradeiro se intensificaram em junho de 2024, após a morte de dois policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) durante uma operação na Vila do João.
Segundo a polícia, TH da Maré exercia comando direto sobre o tráfico de drogas, assaltos, ações armadas, roubos de veículos e homicídios na região da Maré. Ele era considerado um dos maiores especialistas em roubos de carga e de veículo.
A ficha criminal de “TH da Maré” inclui envolvimento direto em uma série de homicídios. Entre os crimes atribuídos a ele estão:
A morte de TH da Maré ocorreu durante uma operação do Bope e da Subsecretaria de Inteligência da PM. A ação foi desencadeada nas primeiras horas da terça-feira (13) na comunidade do Timbau, no Complexo da Maré.
O traficante foi localizado em uma casa tomada de moradores ou em uma espécie de “bunker”, protegido por seguranças armados. Segundo investigadores, ele costumava usar casas de moradores para se esconder. Ele vinha sendo monitorado em tempo real pelas forças de segurança.
Segundo a Polícia Militar, a morte de TH representa um golpe significativo no comando do TCP dentro do Complexo da Maré, um território composto por 16 comunidades, das quais 11 são controladas pela facção. A região é marcada por confrontos constantes entre facções rivais e grupos paramilitares.
Durante a entrevista coletiva sobre a operação, o secretário de Estado da Polícia Militar do Rio de Janeiro, coronel Marcelo Menezes, exibiu a extensa ficha criminal de TH da Maré e fez um apelo por mudanças na legislação penal e pelo “endurecimento das leis”.
Ele ressaltou a necessidade de reflexão e discussão sobre o cumprimento e encarceramento desses “narcoterroristas” que oprimem a população do Estado do Rio de Janeiro. A PM informou que seguirá com ações de repressão ao crime organizado na Maré, visando especialmente lideranças de alto escalão como TH.