Marcos Roberto de Almeida, conhecido como Tuta e apontado como substituto de Marcola no PCC, foi preso na Bolívia. A prisão ocorreu na tarde de sexta-feira (17) quando ele tentou renovar sua licença para permanecer no país utilizando um documento brasileiro falso. A polícia boliviana constatou a fraude e acionou os órgãos brasileiros e a Interpol.
A Interpol, por sua vez, identificou que se tratava de alguém com alerta vermelho. A Polícia Federal (PF) brasileira foi acionada para checar suas bases de dados e confirmar a identidade com precisão. O uso da base biométrica pela PF permitiu que a polícia boliviana de combate ao narcotráfico realizasse a detenção, já que Tuta estava com documentos falsos.
Tuta estava foragido desde 2021 e foi condenado no Brasil a 12 anos por diversos crimes. No momento, a situação está com a justiça boliviana, que decidirá quais medidas serão cabíveis.
Quem é Tuta, líder do PCC preso na Bolívia
Os próximos passos dependem do processo legal e jurídico na Bolívia. A polícia brasileira espera que ele seja expulso imediatamente ou extraditado.
Está prevista para domingo (18) uma audiência com autoridades bolivianas para avaliar a prisão e os possíveis desdobramentos.
Se a decisão for pela expulsão, o processo deve ser rápido, quase imediato, afirmou Andrei Rodrigues, chefe da polícia Federal. A logística seria definida pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPEN), com o transporte realizado pela PF. Nesse caso, ele deverá ficar em presídio federal.
Se a decisão for pela extradição, o prazo não pode ser antevisto. O processo depende de liberações do judiciário boliviano e de trâmites no judiciário brasileiro.
A PF brasileira e o Ministério da Justiça aguardam esse desdobramento, prestando apoio com unidades brasileiras na polícia. A PF brasileira possui representação na Bolívia, na capital La Paz, com uma equipe de 4 pessoas que atuam na cooperação internacional e acompanharão de perto o caso.
Em termos de logística para a transferência, ainda não há detalhes definidos. A polícia boliviana pode trazê-lo até a fronteira ou Brasília, ou a Polícia Federal brasileira pode ir buscá-lo na Bolívia. Isso dependerá da negociação entre os países. A PF ainda não tem detalhes sobre apreensões relacionadas a Tuta.