Um levantamento da Associação dos Mantenedores Independentes Educadores do Ensino Superior (AMIES) revelou que o estado de SP, o mais rico do Brasil, enfrenta uma grave escassez de médicos, principalmente nas regiões mais distantes da capital paulista.
Em Avaré, por exemplo, há apenas 2,73 médicos para cada mil moradores, enquanto o número recomendado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é de no mínimo 3,73.
Dos 17 municípios da região, 16 não atingem o número recomendado pela organização, chegando à média de 1,7 médicos para cada mil habitantes.
Em média, o estado de SP conta com 3,1 médicos para cada mil habitantes, porém essa média esconde grandes desigualdades entre a região metropolitana e o interior. “A gente tem um problema muito grande na distribuição de médicos em todo o país. Os médicos acabam indo para regiões mais próximas das capitais por conta de questões sociais de mercado e trabalho”, afirma Priscila Planelis, consultora jurídica da AMIES.
O levantamento da Associação mostra que é enorme a desigualdade na distribuição de médicos atuantes pelo país. Atualmente, há pouco mais de 515 mil profissionais para atender a uma população de mais de 203 milhões de brasileiros, o que dá uma média de 2,54 médicos por mil habitantes.
O estudo aponta, ainda, medidas para atenuar esse cenário, como a abertura de vagas em faculdades que estão com processo em tramitação no Ministério da Educação (MEC), a criação de cursos de medicina e o aumento de vagas em cursos existentes.
Em julho, o Centro Universitário Sudoeste Paulista (UniFSP) obteve a autorização do Ministério da Educação (MEC) para o curso de Medicina em sua unidade de Avaré.
Com a autorização, a UniFSP poderá ofertar 60 vagas anuais para o curso de Medicina. Essa conquista representa um marco importante para a instituição e para toda a região, que passa a contar com mais uma opção de graduação de qualidade na área da saúde.
A abertura do curso de Medicina na UniFSP de Avaré traz diversos benefícios para a região, como: Aumento da oferta de vagas em Medicina; Melhoria na qualidade da assistência à saúde; Estímulo à pesquisa e à inovação; e Desenvolvimento econômico, já que a faculdade é um importante polo educacional e econômico para a região.
Com a autorização, as aulas da primeira turma de medicina foram iniciadas em agosto.
