A Taranis do Brasil, empresa especializada em tecnologia agrícola, vem demonstrando como o uso da IA pode reduzir significativamente os custos com defensivos, proporcionando diagnósticos mais precisos e decisões mais eficientes no combate às plantas daninhas.
Durante uma palestra patrocinada pela Taranis do Brasil, o sócio-diretor da Pecege Consultoria e Projetos, João Botão, revelou que os custos com defensivos agrícolas podem representar até 8% do total investido por tonelada colhida de cana-de-açúcar. Esse percentual faz parte dos 27% dos gastos com insumos, que também incluem fertilizantes (11%), mudas (4%), corretivos (3%) e outros insumos (1%).
Segundo Botão, a redução desses custos é possível com o uso de inteligência artificial, que orienta o produtor a aplicar os defensivos de forma mais assertiva, evitando desperdícios e aumentando a eficácia no controle das ervas daninhas.
A Taranis utiliza inteligência artificial para identificar e quantificar a presença de mais de 100 espécies de plantas daninhas, além de mapear o nível de infestação em diferentes partes da lavoura. A tecnologia permite visualizar a extensão do problema, indicando onde e como agir.
João Botão apresentou três cenários práticos em que a tecnologia foi aplicada:
Esses dados mostram como a IA oferece uma análise detalhada e eficiente das condições da lavoura, promovendo uma gestão mais racional dos insumos.
Presente no Brasil há cinco anos, a Taranis vem crescendo de forma acelerada, com expansão superior a 300% no último triênio. A empresa oferece uma metodologia exclusiva baseada em câmeras de alta resolução instaladas em drones e aeronaves Cessna 172, que realizam o mapeamento das lavouras com grande precisão.
Cada aeronave é capaz de mapear até 2 mil hectares por dia, capturando imagens de precisão foliar e de ampla cobertura. Com isso, é possível identificar plantas daninhas, deficiências nutricionais e doenças, além de localizar cada infestação por talhão.
Com o suporte da IA, o agricultor consegue não apenas identificar os problemas, mas também revisar práticas agrícolas e escolher os herbicidas e dosagens mais adequadas para o controle das ervas daninhas.
“Com nossa metodologia exclusiva, podemos detectar o aumento de plantas daninhas, a necessidade de revisar práticas agrícolas e a escolha correta do produto a ser usado”, afirma Fábio Franco, gerente-geral da Taranis do Brasil.
A tecnologia desenvolvida pela Taranis representa uma nova era no manejo agrícola, oferecendo uma abordagem mais sustentável, econômica e eficaz no controle de ameaças à lavoura. O uso da inteligência artificial está se consolidando como uma aliada indispensável na busca por maior produtividade e redução de custos na produção de cana-de-açúcar.