09/05/2025 - 14:56
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Governo registra queda anual no desmatamento, mas vê pico atípico em abril

O desmatamento na Amazônia teve queda de 5% no período de agosto de 2024 a abril de 2025, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados nesta quinta-feira (08). Foram 2.542 km² desmatados, o melhor resultado desde 2016.

Apesar da redução, abril deste ano registrou um pico: a área desmatada no mês foi 55% maior que em abril de 2024, o que acendeu um sinal de alerta no governo.

O Ministério do Meio Ambiente classificou o pico como atípico e informou que o comportamento do mês está em análise. Para evitar uma possível reversão da tendência de queda, o governo levou o tema à Comissão Interministerial de Prevenção e Controle do Desmatamento, com foco no reforço de ações de fiscalização e prevenção.

De acordo com o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, o pico registrado no mês passado pode indicar uma possível reversão da tendência de queda sucessiva no desmatamento se não for controlado nos próximos meses.

“Foi isso que mobilizou uma reunião de todos os ministérios envolvidos para ajustar o plano [de ação para prevenção do desmatamento]”, disse.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que o reconhecimento precoce do aumento do desmatamento em abril foi importante para já iniciar medidas preventivas.

“O desmatamento ainda está em queda, você tem um pico em abril, mas ainda está em queda. Mas, justamente por identificarmos esse pico estamos tomando as medidas preventivas, que é a lógica sob a qual trabalhamos”, afirmou.

Os dados são similares para o bioma do Cerrado. O desmatamento também recuou no acumulado do ciclo, com queda de 25%. Mas assim como na Amazônia, abril fugiu da tendência: houve aumento de 26% em relação ao mesmo mês do ano passado.

Já no Pantanal, os dados seguiram em queda, com redução de 75% no ciclo e de 77% em abril, além dos números de incêndio estarem zerados.

Apesar da queda no desmatamento, foi registrada alta nos incêndios florestais da Amazônia. A área queimada passou de 16 mil km² no ciclo 2023/2024 para 44 mil km² no atual.

Segundo técnicos, o aumento se deve à seca extrema, altas temperaturas e degradação prévia da vegetação vistas em 2024, que gerou um aumento atípico e expressivo dos focos de incêndio.

“Todo mundo acompanhou o que foi a temporada de incêndios do ano passado, foi extremamente forte porque se teve um ano muito seco, de temperaturas muito altas e vários trechos da floresta que já estavam degradados. Numa situação dessa, qualquer coisa é um estopim que se espalha na floresta e se torna muito difícil de ser controlado. Isso levou a esses números que a gente percebeu de muito incêndio florestal”, afirmou o coordenador do Programa de Monitoramento da Amazônia e Demais Biomas Brasileiros do Inpe, Cláudio Almeida.

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