As exportações do agronegócio mineiro atingiram novos patamares entre janeiro e agosto deste ano, com resultados recordes desde o início da série histórica, em 1997. O setor apresentou um crescimento de 15% na receita e 14% no volume exportado em comparação ao mesmo período do ano anterior, totalizando US$ 11,1 bilhões em receita e 12,4 milhões de toneladas embarcadas para 165 destinos globais.
De acordo com a Superintendência de Inovação e Economia Agropecuária da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), caso o atual cenário se mantenha, a projeção é que a receita anual alcance cerca de US$ 17 bilhões.
Para o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Thales Fernandes, o desempenho excepcional do agronegócio mineiro reflete sua qualidade e responsabilidade. “Nosso agronegócio produz com excelência, segurança e atenção em cada etapa. Cada item embarcado resulta da união de trabalho bem feito, conhecimento, tecnologia e a competência de todos os elos da cadeia,” afirmou.
Em agosto deste ano, a receita das exportações do agronegócio mineiro alcançou US$ 1,3 bilhão, com 1,4 milhão de toneladas embarcadas. Esses números representam uma queda de 4,2% na receita e 18% no volume em relação a agosto de 2023. Apesar disso, a expectativa é de que a receita se mantenha em torno de US$ 1 bilhão mensal até o final do ano.
As exportações de café mostraram resultados expressivos, totalizando US$ 4,5 bilhões, com o embarque de 19 milhões de sacas para 85 países. Houve um aumento de 33% na receita e 28,4% no volume. O café solúvel destacou-se com um crescimento de 625% no valor e 619% no volume embarcado, impulsionado pelas aquisições de países como Rússia e Países Baixos.
As vendas de soja em grãos, farelo de soja e óleo de soja somaram US$ 2,9 bilhões e 6,5 milhões de toneladas. Embora tenha havido uma leve retração esperada na receita devido à safra reduzida, o volume exportado aumentou em 18%. O complexo sucroalcooleiro, que inclui vendas de açúcar de cana, álcool e outros açúcares, obteve uma receita de US$ 1,4 bilhão, com o embarque de 2,9 milhões de toneladas. O açúcar, principal componente, registrou um aumento de 32% no valor e 23% no volume.
O setor de carnes e produtos florestais também apresentou resultados positivos. As vendas de carne cresceram 12% no volume embarcado, totalizando 315 mil toneladas, com uma receita de US$ 993 milhões, representando um aumento de 10%. A carne bovina destacou-se com vendas de US$ 706 milhões e 601 mil toneladas. As exportações de celulose, madeira, papel e borracha somaram US$ 793 milhões, com 1,2 milhão de toneladas. A celulose, em particular, voltou a crescer nas vendas, totalizando US$ 773 milhões com 1,1 milhão de toneladas comercializadas.
A China continua a ser o principal comprador dos produtos agropecuários de Minas Gerais, totalizando US$ 3,4 bilhões. Os Estados Unidos vêm em segundo lugar, com US$ 1,1 bilhão, seguidos pela Alemanha (US$ 779 milhões), Itália (US$ 450 milhões) e Bélgica (US$ 438 milhões). No período analisado, Minas Gerais também conquistou novos parceiros comerciais, com países como Sérvia, Barbados, Turcomenistão e São Vicente e Granadinas passando a integrar a lista de compradores de produtos mineiros.