Após a determinação de bloqueio pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o X começou a ficar instável no último sábado (31). No entanto, a suspensão total da rede social no Brasil não ocorre de forma automática e instantânea.
Em entrevista À CNN, o professor de Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) Carlos Affonso Souza explica que o processo de suspensão da plataforma depende da ação de diversas operadoras de internet.
Segundo o especialista, após a ordem de bloqueio emitida pelo STF, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) comunica a decisão a milhares de empresas e operadoras, que então implementam a restrição de acesso.
“Operadoras maiores que operam em diversos estados com uma grande capacidade de cumprir rapidamente essas ordens judiciais acabaram cumprindo no mesmo dia”, afirmou Souza.
O bloqueio do X no Brasil pode ter consequências financeiras significativas para a plataforma. O professor ressalta que o público brasileiro figura entre o 3º e 5º lugar em número de usuários da rede social, o que pode causar um impacto financeiro significativo.
“Quando a rede social perde um número expressivo de usuários, como é o caso do público brasileiro, me parece que é mais uma situação que tem um impacto relevante sobre o futuro da plataforma”, avaliou Carlos.
Com o bloqueio do X, usuários brasileiros têm buscado alternativas, como as plataformas Bluesky e Threads.
O professor observou que o Bluesky, criado por Jack Dorsey, ex-diretor do Twitter, tem layout e funcionalidades semelhantes ao X, o que pode facilitar a adaptação dos usuários.
