27/04/2025 - 05:44
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Entenda como o funeral do papa permitiu a conversa entre Trump e Zelensky

O presidente dos EUA, Donald Trump, questionou se o presidente russo, Vladimir Putin, deseja um acordo de paz logo após se encontrar com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, no Vaticano, minutos antes do início do funeral do papa Francisco, neste sábado (26).

O evento marcou o primeiro encontro presencial entre Trump e Zelensky desde a reunião na Casa Branca em fevereiro, quando o presidente e outras autoridades americanas criticaram publicamente Zelensky por não ser suficientemente grato pelo apoio americano e suspenderam brevemente o envio de armas e o compartilhamento de informações de inteligência.

Desde então, a Casa Branca tem se esforçado cada vez mais para chegar a um acordo de paz na Ucrânia.

Fotos divulgadas pela presidência ucraniana mostraram os dois líderes reunidos em uma discussão acirrada, sem assessores, nos arredores ornamentados da Basílica de São Pedro.

Zelensky agradeceu a Trump pelo “bom encontro” em uma publicação nas redes sociais.

“Discutimos muito individualmente. Esperando resultados em tudo o que abordamos”, escreveu Zelensky. Protegendo a vida do nosso povo. Cessar-fogo total e incondicional. Paz confiável e duradoura que impedirá a eclosão de outra guerra. Um encontro muito simbólico com potencial para se tornar histórico, se alcançarmos resultados conjuntos.

Um porta-voz da Casa Branca que acompanhava Trump disse que os dois líderes “se encontraram em particular hoje e tiveram uma discussão muito produtiva”. Autoridades tanto da equipe de Zelensky quanto da de Trump disseram que a reunião durou cerca de 15 minutos e que os líderes concordaram em continuar as negociações.

Em uma publicação no Truth Social, enviada ao retornar de Roma após a reunião, Trump levantou a possibilidade de aplicar novas sanções à Rússia após o ataque a Kiev na semana passada, questionando se Putin estaria interessado na paz.

“Não havia motivo para Putin estar disparando mísseis contra áreas civis, cidades e vilas nos últimos dias”, escreveu Trump. “Isso me faz pensar que talvez ele não queira parar a guerra, ele está apenas me incentivando e precisa ser tratado de forma diferente, por meio de ‘Sanções Bancárias’ ou ‘Sanções Secundárias’? Muitas pessoas estão morrendo!!!”

O encontro ocorreu em frente à Capela do Batistério, que fica dentro da Basílica de São Pedro, perto da entrada, e a conversa não havia sido telegrafada com antecedência.

Antes da breve visita do presidente a Roma, autoridades minimizaram a possibilidade de ele se encontrar com Zelensky ou qualquer outro líder mundial, apontando para o cronograma reduzido da viagem e seu propósito solene de homenagear o falecido papa.

Trump havia inicialmente escolhido a Arábia Saudita para sua primeira parada no exterior em seu novo mandato e visitará o país no próximo mês. Mas, com a morte de Francisco, esses planos mudaram e, em vez disso, Trump fez sua primeira parada no exterior na Europa, um continente contra o qual ele frequentemente se manifesta.

O mapa de assentos e a multidão de outros líderes possibilitaram breves interações, inclusive com líderes que Trump aparentemente vinha evitando desde que assumiu o cargo. Ele teve um breve encontro com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, com quem não havia falado desde que retornou ao cargo em meio a disputas comerciais e de defesa com a União Europeia.

O protocolo de assentos — organizado por nome de país em francês — ditou a posição de Trump ao lado dos líderes estoniano e finlandês, com quem ele interagiu brevemente.

Em outros casos, Trump trocou gentilezas com outros líderes que vêm trabalhando em esforços paralelos para ajudar a resolver a guerra na Ucrânia. Ele apertou a mão do presidente francês, Emmanuel Macron, durante o sinal de paz da missa fúnebre (o Ministro das Relações Exteriores da Ucrânia também publicou uma foto do encontro de Macron e Zelensky no sábado).

Os EUA têm pressionado mais a Ucrânia após ameaçarem, na semana passada, abandonar as negociações “em poucos dias” se ficar claro que um acordo não pode ser alcançado.

Trump disse na sexta-feira que a Rússia e a Ucrânia estão “muito perto de um acordo” que encerraria o conflito, iniciado pela Rússia em 2014 e intensificado com a invasão em larga escala do vizinho em 2022.

“Um bom dia para conversas e reuniões com a Rússia e a Ucrânia. Eles estão muito perto de um acordo, e os dois lados devem agora se reunir, em altos escalões, para ‘encerrar o conflito’”, escreveu Trump no Truth Social após desembarcar em Roma para o funeral do Papa Francisco.

O enviado especial de Trump, Steve Witkoff, se reuniu com o presidente russo, Vladimir Putin, por três horas na sexta-feira, de acordo com o assessor presidencial russo, Yuri Ushakov, que disse que as conversas foram “construtivas e muito úteis”.

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