Hersh Goldberg-Polin, um israelense-americano mantido refém pelo Hamas em Gaza, morreu, disse sua família neste domingo (1º), causando ainda mais tristeza às famílias dos reféns que temem que o tempo esteja se esgotando para seus entes queridos sequestrados pelos militantes há mais de 10 meses.
O anúncio, feito horas depois de o exército israelense dizer que havia encontrado os corpos de seis reféns mantidos em Gaza.
“Com o coração partido, a família Goldberg-Polin está devastada em anunciar a morte de seu amado filho e irmão, Hersh. A família agradece a todos pelo amor e apoio e pede privacidade neste momento”, disse a família em um comunicado.
A CNN entrou em contato com a família. As identidades das outras cinco pessoas ainda não foram divulgadas.
Goldberg-Polin, que estava entre os jovens capturados por militantes do Hamas no festival de música em 7 de outubro, tornou-se um dos rostos de uma devastadora crise de reféns que horrorizou Israel, desafiou a liderança do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e desencadeou invasão generalizada em Gaza.
Ele e amigos se esconderam dentro de um pequeno abrigo antiaéreo quando homens armados do Hamas começaram sua onda de sequestros e assassinatos.
Quando os militantes começaram a atirar granadas no bunker, Goldberg-Polin correu para jogá-las para fora, antes que seu braço fosse arrancado do cotovelo para baixo, de acordo com um relato em primeira mão de seu amigo.
Os pais do jovem de 23 anos estavam entre as famílias de reféns mais expressivas que pressionaram Netanyahu a buscar um acordo que garantisse o retorno de seus entes queridos, e fizeram um discurso emocionante na Convenção Nacional Democrata deste mês.
Notícias de mais mortes de reféns aumentam a pressão sobre Netanyahu enquanto a raiva dentro de Israel aumenta devido ao fracasso em fechar um acordo de cessar-fogo e conforme divergências gritantes entre o primeiro-ministro e seus líderes militares cada vez mais vêm à tona.
Isso também aumenta as chances do presidente Joe Biden pressionar Israel, aliado dos EUA, a encontrar uma saída para uma guerra devastadora em Gaza que inflamou a opinião pública global e ameaçou repetidamente se transformar em um conflito regional total.