25/04/2025 - 15:44
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Desaceleração do IPCA-15 em abril reforça apostas de alta menor dos juros

A perda de fôlego da prévia da inflação em abril reforça as apostas para uma alta menor dos juros no próximo encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), segundo analistas ouvidos pela CNN.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) desacelerou a 0,43% em abril, após ter avançado 0,64% em março, informou nesta sexta-feira (25) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Nos 12 meses até abril, indicador passou a subir 5,49%, de 5,26% no mês anterior.

Analistas apontam que a desaceleração da prévia da inflação, o IPCA-15, mantém as expectativas de aumento entre 0,50% e 0,25% na Selic, taxa básica de juros da economia brasileira.

A desaceleração na escalada dos juros já foi sinalizada pelo BC no último encontro, realizado em 19 de março, quando os juros foram a 14,25% ao ano.

A próxima reunião do Copom será nos dias 6 e 7 de maio.

Mesmo com a alta menor da prévia da inflação, o sócio da Wagner Investimentos, José Faria Júnior, avalia que a alta da Selic será de 0,50% e que o comunicado do Copom manterá a possibilidade de novas altas, com a chance de manutenção do índice da taxa básica de juros.

“O outro Copom será em meados de junho e haverá tempo de analisar se haverá outra alta ou não”, afirma.

Na leitura de Faria Júnior, o IPCA-15 divulgado nesta sexta-feira veio em linha com o previsto, havendo sinais positivos e pontos de atenção.

O analista destaca que o núcleo da prévia da inflação ainda está acima da média de longo prazo, com a nova rodada de alta dos alimentos, aceleração da inflação dos preços industriais e forte alta do índice de difusão.

O estrategista-chefe da RB Investimentos, Gustavo Spinola, segue a leitura de que o resultado do IPCA-15 veio em linha com o esperado pelo mercado financeiro.

“Investidores estão dando mais peso às reuniões do governo brasileiro com os dirigentes do FMI”.

Sobre o reflexo da prévia da inflação na composição da Selic, Spinola diz que algumas corretoras de investimentos estão reduzindo a previsão de alta para 0,25%.

“Elas estão revisando a inflação esperada para 2025 e 2026 para baixo. Porém, seguimos com a projeção do IPCA em 5,5% em 2025 e 5% em 2026”, finaliza.

O Banco Central persegue meta de 3%, com tolerância de 1,5 ponto para cima (4,5%) ou para baixo (1,5%).

Em 2024, a inflação estourou o teto da meta, encerrando com avanço de 4,83%.

Analistas consultados pelo Banco Central reduziram sua projeção para a inflação neste ano, segundo o Boletim Focus divulgado na terça-feira (22).

O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que a expectativa para o IPCA é de alta de 5,57% ao fim deste ano, abaixo da previsão de avanço de 5,65% na pesquisa anterior.

Para 2026, a projeção para a inflação brasileira se manteve em 4,50%.

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