O presidente do Equador, Daniel Noboa, votou no segundo turno das eleições presidenciais no país. Ele disputa o mandato com a candidata da esquerda e protegida do ex-presidente Rafael Correa, Luisa Gonzalez.
No primeiro turno, Noboa obteve 44,15% dos votos, vencendo Luisa González, que obteve 44%. A diferença entre os dois candidatos foi de 0,15 ponto percentual, deixando o resultado em aberto e gerando grande expectativa para o segundo turno.
Noboa, de 37 anos, filho de um dos empresários mais ricos do Equador, nascido nos Estados Unidos e formado em Harvard, tornou-se presidente após uma vitória surpreendente em 2023, quando derrotou González no segundo turno.
Noboa é herdeiro do magnata da banana e cinco vezes candidato à presidência Álvaro Noboa, dono de uma das maiores fortunas do Equador, e disse que se identifica particularmente com o presidente dos EUA, Donald Trump.
Ao longo de seu primeiro mandato, críticos afirmam que Noboa violou normas políticas ao ordenar que forças de segurança invadissem a embaixada mexicana para prender Jorge Glas, ex-vice-presidente de Rafael Correa, acusado de corrupção. A quebra do protocolo diplomático levou o México a romper relações com o Equador.
Noboa ultrapassou os limites legais do cargo, iniciando e vencendo um referendo para expandir seus poderes de segurança em abril de 2024. Uma parte fundamental da estratégia de segurança foi o envio de militares para as prisões do Equador, que grupos criminosos do país controlam há anos com impunidade.
Quanto à economia, Noboa tem se apoiado fortemente em propostas como pagamentos em dinheiro e perdão de dívidas para agricultores afetados por desastres naturais.