A Coreia do Norte confirmou pela primeira vez nesta segunda-feira (28), no horário local, que enviou tropas para lutar pela Rússia na guerra com a Ucrânia, sob as ordens do líder Kim Jong Un.
“O fim vitorioso da batalha para libertar a região russa de Kursk demonstrou o mais alto nível estratégico da firme amizade” entre a Coreia do Norte e a Rússia, segundo a agência de notícias estatal KCNA.
A Rússia afirmou na semana passada que as forças ucranianas foram expulsas da última cidade russa que ocupavam, embora Kiev tenha negado a alegação e afirmado que suas tropas ainda estavam operando em Belgorod, outra região russa na fronteira com a Ucrânia.
A Comissão Militar Central do Partido dos Trabalhadores do Norte afirmou que o líder Kim Jong Un tomou a decisão de enviar tropas sob o tratado de parceria estratégica abrangente que assinou com Putin no ano passado.
“Sob a ordem do chefe de Estado, as subunidades das Forças Armadas da República consideraram o território da Rússia como o de seu país e comprovaram a firme aliança entre os dois países”, afirmou a Comissão, citando a KCNA.
“Aqueles que lutaram pela justiça são todos heróis e representantes da honra da pátria”, afirmou Kim, citando a KCNA.
A Coreia do Norte “considera uma honra ter uma aliança com um Estado tão poderoso como a Federação Russa”, acrescentou a mídia estatal.
A Coreia do Norte enviou um total estimado de 14 mil soldados, incluindo 3 mil reforços para repor suas perdas, disseram autoridades ucranianas. Sem veículos blindados e experiência em guerra com drones, eles sofreram pesadas baixas, mas se adaptaram rapidamente.
A Rússia confirmou no sábado (26), pela primeira vez, que soldados norte-coreanos lutaram ao lado de russos em Kursk.
Nem a Rússia, nem a Coreia do Norte, haviam confirmado ou negado o envio de tropas anteriormente.
