01/05/2025 - 05:19
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Conselho da Tesla inicia busca por CEO para substituir Elon Musk, diz WSJ

O conselho da Tesla está em busca de um novo presidente executivo para assumir o posto de seu fundador, Elon Musk, afirmou o jornal norte-americano Wall Street Journal na noite desta quarta-feira (30).

Segundo a publicação, os membros do conselho entraram em contato com diversas empresas de recrutamento para trabalhar em um processo formal de sucessão na Tesla.

O jornal atribuiu a informação a fontes familiarizadas com as discussões.

Nem a Tesla, nem Musk se pronunciaram sobre a notícia até o momento. O bilionário também não respondeu a um pedido de comentário da reportagem do WSJ.

A notícia vem em meio a um momento turbulento na empresa. No dia 22 de abril, a empresa divulgou seus resultados referentes ao primeiro trimestre deste ano. A montadora relatou uma queda de 9% na receita, com a receita de automóveis recuando 20%. O lucro ajustado caiu 39%. Essas perdas foram maiores do que o previsto. Seu lucro líquido, a definição mais rigorosa de sua lucratividade, caiu 71% em relação ao ano anterior.

Além disso, no começo do mês, a Tesla já havia alertado que estava passando pela maior queda nas vendas de sua história, entregando 50.000 veículos a menos em comparação com os primeiros três meses do ano passado.

A queda no desempenho da montadora veio seguido da atuação de Musk na política dos Estados Unidos e do mundo.

Desde a campanha presidencial de Donald Trump, o bilionário se mobilizou como um de seus principais cabos eleitorais, subindo ao seu lado em palanques e gastando mais de US$ 250 milhões para impulsionar sua campanha.

Com o retorno do republicano à Casa Branca, Musk foi trazido para dentro do Estado para chefiar um órgão com o objetivo de reduzí-lo: o Departamento de Eficiência Governamental (Doge).

À frente da pasta, o bilionário ficou responsável por cortar uma série de gastos do governo norte-americano, inclusive por meio da demissão de servidores públicos.

A atuação do Doge teria gerado um racha na administração Trump, com alguns de seus secretários supostamente pressionando por sua saída do governo. Musk também havia se colocado contra a política tarifária do republicano e sua equipe comercial. A Casa Branca e o próprio Trump, porém, sempre negaram a possibilidade de tensão interna.

Nos primeiros 100 dias de Trump como 47º presidente dos EUA, as ações da Tesla amargaram 33%. A queda foi atribuída tanto ao posicionamento político de Musk como à crescente concorrência por parte de montadoras chinesas.

Ademais, Musk também demonstrou apoio e discursou em comício do Alternativa para a Alemanha (AfD), partido de ultradireita do país europeu.

O Wall Street Journal citou a “tensão crescente” na empresa enquanto as vendas e lucro caem e Musk dedica mais tempo a suas funções em Washington.

Nesse meio tempo, o conselho da Tesla teria se reunido com seu CEO e cobrado maior participação por parte dele. Após os resultados da montadora no primeiro trimestre, Musk afirmou que dedicaria mais tempo à sua empresa.

Segundo as fontes ouvidas pelo jornal, o conselho estaria mais focado na atuação junto a uma grande empresa de recrutamento em específico.

O WSJ, porém, não conseguiu apurar em que pé estão essas negociações e nem clarificar se Musk, ele próprio membro do conselho, estaria ciente da iniciativa ou se sua promessa de passar mais tempo na Tesla afetou o planejamento sucessório.

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