15/04/2025 - 18:31
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Confronto de Trump com a China se aprofunda, com holofotes na economia

Donald Trump está entrando em mais uma semana instável de guerras comerciais, enfrentando a necessidade de amenizar o conflito que iniciou com a China antes que cause danos profundos à economia americana.

O presidente chinês, Xi Jinping, rejeitou a pressão dos EUA para ligar Trump e buscar um “acordo”, após os Estados Unidos terem imposto tarifas de 145% sobre a superpotência, desencadeando um confronto direto há muito temido.

Apesar da incerteza, Trump está dando um show de satisfação com os conflitos que iniciou, e foi aplaudido de pé ao durante um evento do UFC na Flórida, na noite de sábado (12).

O presidente americano, que se autodenomina um lutador político por excelência, disse a repórteres que sua recepção foi “um tanto lendária” e mostrou que “estamos fazendo um bom trabalho”.

Mas o conflito do presidente com a China é um confronto real com riscos muito maiores. O impasse é tão sério que as economias dos EUA e da China estão intrinsecamente interligadas.

Os EUA dependem da China para eletrônicos de consumo; minerais de terras raras usados ​​na fabricação de veículos elétricos e para aplicações militares e robótica; produtos farmacêuticos usados ​​em medicamentos que salvam vidas; e itens básicos da vida diária, incluindo roupas e calçados.

As exportações americanas de produtos como soja e sorgo para a China são vitais para a os agricultores americanos, mas as tarifas impostas por ambos os lados são tão proibitivas que o comércio pode efetivamente parar.

Ambos os lados podem sofrer terrivelmente em uma guerra comercial generalizada, e os consumidores americanos podem ser afetados pela escassez e pela alta dos preços.

Alguns especialistas acreditam que a China, devido ao seu sistema autoritário de governo, estaria disposta a impor mais sofrimento à sua população para evitar perder o que poderia ser uma batalha decisiva com os EUA.

A capacidade de Trump de jogar a longo prazo foi questionada quando ele suspendeu as tarifas recíprocas sobre dezenas de países na semana passada por 90 dias, após as liquidações do mercado de títulos começarem a sugerir uma crise financeira em desenvolvimento.

Essa redução deve ter sido observada atentamente em Pequim. E, ao tentar aliviar uma situação delicada, Trump exacerbou outra — atacando a China com suas tarifas de 145%, em um aparente esforço para salvar a reputação.

À medida que o caos se agrava, a Casa Branca adicionou mais confusão na noite de sexta-feira (11), isentando as importações de smartphones e computadores fabricados na China da alíquota máxima, em um reconhecimento de que impostos altíssimos sobre esses itens poderiam prejudicar a indústria de tecnologia e os consumidores americanos.

No domingo (13), o governo insistiu que tais produtos ainda estariam sujeitos a novas tarifas em um nível mais baixo nas próximas semanas, levantando novas questões sobre suas posturas aparentemente não planejadas e precipitadas, que têm assustado repetidamente os mercados.

“Não houve nenhuma ‘exceção’ tarifária anunciada na sexta-feira. Esses produtos estão sujeitos às tarifas de 20% para o fentanil existentes e estão apenas migrando para um ‘grupo’ tarifário diferente. As notícias falsas sabem disso, mas se recusam a noticiar”, acrescentou.

Como já fez diversas vezes, o governo insiste que suas ações repentinas e mensagens inconsistentes façam parte do plano desde o início.

“Este é apenas mais um ótimo exemplo de como o presidente Trump tinha um plano detalhado desde o início, que está sendo executado exatamente como instruído”, disse o vice-chefe de gabinete da Casa Branca, Stephen Miller, no programa “Sunday Morning Futures”, da Fox News.

Ele explicou que o governo pensa que tais itens são vitais para a segurança nacional dos EUA e, portanto, exigem um tratamento diferenciado para a “relocalização” das fábricas que os produzem.

O governo insiste que sua estratégia está funcionando, argumentando que dezenas de países incluídos nas tarifas recíprocas, agora suspensas, se apressaram em oferecer acordos surpreendentes a Trump para escapar da pressão americana.

A Casa Branca agora aplica lógica semelhante à China, apostando que o poder da economia americana forçará Xi a oferecer concessões em relação a queixas de longa data, que incluem preocupações com acesso a mercados, roubo de propriedade intelectual e um vasto desequilíbrio comercial que Trump insiste ser prova de que Pequim está se aproveitando de Washington.

“É quase um sistema de dois mundos. Há um processo em relação à China, que é muito, muito incipiente… e depois o processo para todos os outros”, disse Kevin Hassett, diretor do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, a Jake Tapper, da CNN, no programa “State of the Union”, no domingo.

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