20/04/2025 - 21:36
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Colisão de sonda da Nasa pode criar chuva de meteoros que dura mais de 100 anos

Os detritos rochosos lançados pelo pequeno asteroide Dimorphos após uma colisão com a sonda espacial Dart, da Nasa, em 2022 podem ter dado origem à primeira chuva de meteoros feita pelo homem, segundo um novo estudo: ela seria chamada de Dimorphids.

A agência espacial planejou a missão DART, ou Double Asteroid Redirection Test, para realizar uma avaliação em larga escala da tecnologia de deflexão de asteroides em nome da defesa de nosso planeta. A Nasa queria ver se um impacto cinético — como colidir uma espaçonave contra um asteroide a mais de 21 mil km/h — seria suficiente para mudar o movimento de um objeto celeste no espaço.

Nem o asteroide Dimorphos, nem a grande rocha espacial mãe que ele orbita, conhecida como Didymos, representam um perigo para a Terra. Ainda assim, o sistema de asteroide duplo era um alvo perfeito para testar a tecnologia de deflexão porque o tamanho de Dimorphos é comparável ao de asteroides que poderiam ameaçar nosso planeta.

Astrônomos usaram telescópios terrestres para monitorar as consequências do impacto por quase dois anos e determinaram que a sonda DART conseguiu mudar com sucesso a maneira como Dimorphos se move, alterando o período orbital do asteroide lunar — ou o tempo que ele leva para fazer uma única revolução ao redor de Didymos — em cerca de 32 a 33 minutos.

Mas os cientistas também estimaram que a colisão intencional gerou quase 1 milhão de kg de rochas e poeira — o suficiente para encher cerca de seis ou sete vagões ferroviários. Onde exatamente no espaço todo esse material vai parar ainda é uma questão em aberto.

Agora, uma nova pesquisa sugere que fragmentos do asteroide Dimorphos chegarão às proximidades da Terra e de Marte dentre uma e três décadas, com a possibilidade de que alguns detritos possam atingir o planeta vermelho dentro de sete anos. Pequenos detritos também podem atingir a atmosfera da Terra dentro dos próximos 10 anos.

O Planetary Science Journal aceitou o estudo para publicação.

“Este material poderia produzir meteoros visíveis (comumente chamados de estrelas cadentes) à medida que penetram na atmosfera marciana”, disse o principal autor do estudo, Eloy Peña Asensio, pesquisador de pós-doutorado do grupo Deep-space Astrodynamics Research and Technology da Universidade Politécnica de Milão, na Itália.

“Assim que as primeiras partículas chegarem a Marte ou à Terra, elas poderiam continuar a chegar intermitente e periodicamente por pelo menos os próximos 100 anos, que é a duração dos nossos cálculos”, acrescentou ele.

Os pedaços individuais são pequenos, variando de partículas do tipo grãos de areia a fragmentos semelhantes em tamanho a smartphones, então nenhum dos detritos representa um risco para a Terra, ressaltou Peña Asensio.

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