17/05/2025 - 11:12
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Colheita da safra 2025/26 de café avança lentamente no Brasil, com apenas 7% da produção colhida até maio

A colheita da safra brasileira de café 2025/26 segue em ritmo lento nas principais regiões produtoras do país. De acordo com levantamento semanal da consultoria Safras & Mercado, até o dia 13 de maio, apenas 7% da produção havia sido colhida — um avanço de cinco pontos percentuais em relação à semana anterior, quando os trabalhos ainda estavam no início. Esse percentual é inferior tanto ao registrado no mesmo período de 2024 quanto à média dos últimos cinco anos, que giram em torno de 10%.

A seguir, veja os principais destaques do cenário atual da colheita de café no Brasil:

Apesar de ter ganhado algum fôlego na última semana, o ritmo da colheita está atrasado. A média histórica para o período, considerando as últimas cinco safras (2020 a 2025), é de 10%, enquanto em 2024 já haviam sido colhidos 10% da produção até a mesma data. Segundo o consultor da Safras & Mercado, Gil Barabach, “a colheita começa a ganhar um pouco mais de ritmo, mas ainda segue lenta”.

As condições climáticas têm sido um dos principais entraves para o andamento da colheita. De acordo com Barabach, chuvas recorrentes vêm prejudicando os trabalhos em áreas produtoras de conilon/robusta nos estados do Espírito Santo, Bahia e Rondônia, além de afetarem parte da região de arábica nas Matas de Minas.

Outro fator citado pelo consultor é a decisão de parte dos produtores de postergar o início da colheita, aguardando melhor maturação dos frutos ou a diminuição da umidade, o que tem contribuído para a lentidão das atividades.

A colheita do café canéfora (conilon/robusta) alcança 11% da produção, número inferior aos 16% registrados no mesmo período do ano passado e à média histórica de 17%. A elevada umidade nas lavouras é apontada como o principal motivo do atraso.

Apesar do ritmo aquém do esperado, Barabach afirma que os primeiros resultados mantêm a perspectiva de uma safra robusta de conilon/robusta, especialmente no Espírito Santo, principal estado produtor dessa variedade.

No caso do café arábica, a colheita está ainda mais atrasada. Apenas 4% da produção foi colhida até o momento, especialmente em áreas de menor altitude e regiões mais quentes. O percentual é inferior aos 7% registrados no mesmo período de 2024 e abaixo da média de 6% das últimas cinco safras.

O consultor da Safras destaca que a maturação mais lenta dos frutos, combinada às chuvas e à menor disposição dos produtores para iniciar os trabalhos de forma antecipada, contribuíram para o atraso. “Isso contraria as expectativas iniciais, que apontavam um início mais apressado da colheita”, explica.

Barabach pondera que ainda é cedo para avaliações mais precisas sobre o desempenho da safra, já que o volume colhido até agora é reduzido e a maior parte dos grãos permanece verde.

Embora o início da colheita esteja mais lento que o habitual, a expectativa da Safras & Mercado é de uma boa produção na safra 2025/26, principalmente para o conilon/robusta. As condições climáticas nos próximos meses serão determinantes para confirmar essa projeção e definir o ritmo de avanço dos trabalhos nas lavouras brasileiras.

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