O mercado brasileiro de milho encerrou o mês de abril com forte tendência de baixa nos preços. Segundo a consultoria Safras, consumidores aproveitaram o início do mês para adquirir volumes maiores do grão, suprindo a demanda imediata. Em seguida, passaram a adotar uma postura mais cautelosa, restringindo as compras na expectativa de preços ainda mais baixos.
Na primeira quinzena de abril, a oferta de milho estava mais limitada, em meio à preocupação com a escassez de chuvas nas regiões produtoras da safrinha. No entanto, o retorno das precipitações tranquilizou o mercado e estimulou os produtores a ofertarem maiores volumes do cereal. Esse aumento da disponibilidade contribuiu diretamente para a queda nos preços em diversas regiões do país.
No início de abril, a paridade de exportação do milho nos portos brasileiros chegou a apresentar melhora, impulsionando momentaneamente os negócios externos. Contudo, com a virada do mês, essa paridade recuou, reduzindo o ritmo das negociações voltadas à exportação.
No exterior, os preços do milho na Bolsa de Chicago foram influenciados por dois fatores principais: o avanço do plantio nos Estados Unidos e as incertezas em torno da guerra tarifária entre China e EUA. A redução dos estoques de passagem da safra norte-americana e sinais de uma demanda aquecida sustentaram a valorização do cereal no mercado internacional ao longo do mês.
O valor médio da saca de milho no Brasil foi cotado em R$ 76,48 no dia 30 de abril, representando uma queda de 8,02% em relação aos R$ 83,14 registrados no final de março.
Desempenho regional:
No acumulado de abril (13 dias úteis), o Brasil exportou 123,093 mil toneladas de milho, com receita total de US$ 34,743 milhões e média diária de US$ 2,672 milhões. O preço médio da tonelada foi de US$ 282,30.
Em relação a abril de 2024: