A onda de calor que assola o Brasil, aliada à seca histórica que atinge o país, tem levado diversas regiões a condições climáticas extremas. Em Avaré e cidades vizinhas, a situação é especialmente grave: a umidade do ar chegou a níveis comparáveis aos do deserto do Saara, colocando em risco a saúde da população e aumentando o perigo de incêndios florestais.
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), ao menos 244 cidades brasileiras registraram umidade relativa do ar igual à do deserto do Saara na terça-feira (3).
Em Avaré, Arandu, Cerqueira Cesar, Itaí, Itatinga e Paranapanema, a umidade chegou a apenas 13%, um índice extremamente baixo. No deserto do Saara, por exemplo, a umidade do ar varia de 14% a 20%.
A falta de chuvas prolongada, que em algumas regiões ultrapassa cem dias, combinada com as altas temperaturas, tem provocado a evaporação da umidade do ar, levando a condições climáticas desérticas. A comparação com o Atacama, o deserto mais seco do mundo, é alarmante: enquanto o Atacama registra uma umidade de 5%, dez cidades brasileiras chegaram a índices próximos, com apenas 7%.
A baixa umidade do ar pode causar diversos problemas de saúde, como ressecamento da pele, irritação nos olhos, nariz e boca, além de agravar problemas respiratórios. A população deve redobrar os cuidados, como beber bastante água, evitar atividades físicas ao ar livre nos horários mais quentes e utilizar umidificadores de ar em ambientes fechados.
Além dos riscos para a saúde, a seca extrema aumenta significativamente o perigo de incêndios florestais. A vegetação seca e o clima quente e seco criam as condições perfeitas para a propagação rápida do fogo, causando danos irreparáveis ao meio ambiente.
A situação exige uma resposta rápida e eficaz das autoridades. É fundamental que sejam adotadas medidas para conscientizar a população sobre os riscos da seca e orientá-la sobre como se proteger. Além disso, é preciso intensificar o monitoramento das áreas de risco de incêndio e fortalecer as ações de combate a esses eventos.
INCÊNDIOS – Um comunicado feito pela Defesa Civil do Estado listou cidades da região para alerta máximo de risco de incêndios nos próximos dias.
Com umidade baixa, duas das cidades citadas na lista da Defesa Civil foram as protagonistas de um incêndio de grande porte que levou quatro dias para ser controlado no fim de agosto, Taquarituba e Coronel Macedo.
Ao todo, 48 cidades foram incluídas na lista de alerta máximo para incêndio, além de Taquarituba e Coronel Macedo, Bernardino de Campos também foi mencionada.
