20/05/2025 - 18:16
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Chanceler diz não saber como asilados fugiram de embaixada na Venezuela

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse que o governo não participou do “complô” para a fuga, no começo do mês, dos opositores venezuelanos que estavam asilados na embaixada argentina tutelada pelo Brasil em Caracas.

“Não participamos da fuga, do mecanismo, do complô para a fuga e não sabemos [como saíram]. Esperamos um dia receber essa informação”, afirmou o chanceler, na Comissão de Relações Exteriores do Senado, nesta terça-feira (20).

Vieira disse também achar que o regime de Nicolás Maduro não sabe como os opositores, que estavam há mais de um ano na embaixada argentina, tutelada pelo Brasil, conseguiram deixar o local.

A fuga dos quatro asilados, integrantes da equipe da líder opositora María Corina Machado, sobre os quais havia mandados de prisão, foi publicamente revelada pelo secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, no dia 6 de maio.

“Os Estados Unidos saúdam o resgate bem sucedido de todos os reféns do regime de Maduro na embaixada da Argentina em Caracas. Depois de uma operação precisa, todos os reféns agora estão em solo americano”, escreveu o secretário na rede social X.

Ainda não há maiores detalhes de como os opositores conseguiram deixar a sede diplomática e o território venezuelano. Vieira disse ter a informação de que os asilados estão nos EUA, mas não ter recebido maiores esclarecimentos de como eles saíram da embaixada e conseguido chegar no país de Donald Trump.

O chanceler brasileiro revelou que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva foi notificado da saída dos asilados pela própria líder opositora.

“Soubemos que os venezuelanos estavam saindo da embaixada da Argentina pela María Corina Machado que nos avisou, porque tinha contato constante conosco”, disse Vieira, detalhando: “Ela nos avisou durante a noite que eles estavam saindo”.

Segundo o chanceler, Machado entrou novamente em contato “agradecendo imensamente ao Brasil, ao presidente Lula, e ao governo brasileiro por todas as gestões, por todo o cuidado, por todo tempo investido”.

O Brasil assumiu a custódia da embaixada argentina na Venezuela em agosto do ano passado, após Maduro romper relações com o governo de Javier Milei e expulsar o corpo diplomático argentino de Caracas.

Ao assumir a representação dos interesses argentinos na Venezuela, o Itamaraty passou a tratar com o regime de Maduro sobre a situação dos opositores asilados.

No período de asilo da embaixada, os integrantes da equipe de Machado denunciaram diversas vezes cortes de luz, restrições à entrada de alimentos, água e remédios, além de cercos policiais à sede diplomática.

“Essa missão representou um esforço grande da embaixada do Brasil em Caracas que, diariamente, mandava um funcionário para ver como estava a situação. Nosso envolvimento foi total”, disse Vieira aos senadores.

O Brasil também afirma ter insistido pelo salvo-conduto para que os venezuelanos pudessem deixar o local e sair do país desde antes de Maduro romper relações com Milei. Os pedidos, no entanto, nunca foram atendidos pelo chavismo.

“Eu já tinha várias vezes pedido pelo salvo-conduto e tinha dito que se eles dessem, imediatamente nós mandaríamos um avião da FAB ou privado para tirá-los em segurança e nunca tivemos o consentimento”, afirmou o chanceler.

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