Por 13 votos favoráveis e cinco contrários, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou o pedido de cassação do parlamentar Glauber Braga (PSOL-RJ), após sete horas de discussão.
Glauber é acusado de empurrar e expulsar um integrante do Movimento Brasil Livre (MBL) do Congresso Nacional em abril de 2024. A ação foi aberta após um pedido do partido Novo no ano passado.
O deputado ainda pode recorrer da decisão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Caso a CCJ rejeite o recurso, o caso será votado no plenário da Câmara. O pedido precisa de, no mínimo, 257 votos para ser aprovado.
Veja abaixo como votou cada deputado:
A sessão que analisou o pedido de cassação do mandato de Glauber foi marcada por confusões e a promessa de uma greve de fome pelo próprio deputado.
De acordo com o parlamentar do PSOL, a ação não foi motivada pelo desentendimento, mas por declarações suas a respeito do orçamento secreto.
“A partir do dia de hoje, vou permanecer neste Plenário. Quem quiser chamar de greve pode chamar. Vou dar início a uma ação de não rendição ao orçamento secreto”, disse Glauber.
Durante a sessão, parlamentares do PSOL criticaram o presidente do conselho, Leur Lomanto Júnior (União-BA), por pautar um requerimento para encerrar a discussão do parecer e iniciar a votação antes que a lista de oradores fosse esgotada.
Como apurou a CNN, o PSOL prepara um recurso à CNN e outro ao Supremo Tribunal Federal (STF).